2008/12/30

Telemóveis Fazem Mal à Saúde

E mais um estudo que vem atirar lenha para a fogueira dos telemóveis e o cancro...
Se bem se lembram, já em Agosto falei sobre este mesmo assunto: como reagiria a sociedade se os telemóveis se tornassem no novo tabaco?

Os resultados preliminares deste estudo indicam que os utilizadores de telemóveis têm uma probabilidade 50% maior de virem a ter um cancro - ou melhor dizendo: um tumor cerebral.

Veremos como é que a sociedade mundial "viciada" em telemóveis irá reagir a isto. Se se irão desperdiçar mais umas décadas com debates e estudos a tentarem negar-se mutuamente, ou se o interesse pela saúde pública terá lugar privilegiado.

Se têm familiares ou amigos que usem e abusem dos telemóveis, não será má ideia pedirem-lhes que o façam com maior moderação, ou utilizando um auricular (de preferência com fio) para pelo menos não terem um emissor RF encostado ao cérebro.

4 comentários:

  1. É preferível usar o Bluetooth do que o fio. Enquanto o Bluetooth irradia uma potência incomparavelmente menor do que o telemóvel propriamente dito, o fio pode funcionar como antena que encaminhe a radiação do aparelho até ao cérebro.

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  2. Bem sei que se diz isso... mas pessoalmente e até que isso seja provado/desmentido cientificamente, parece-me menos perigoso (probabilisticamente falando) ter um fio tipo headphone - que se usam há muitas décadas desde os primeiros "rádio transístor" do que um transmissor RF, mesmo de baixa potência espetado na orelha.

    (Isto, claro, para utilizadores intensivos que andem horas em conversação - não estou a dizer que não usem o auricular BT durante uns minutos por dia ou coisa que tal... :)

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  3. Prezado Carlos Martins,
    O fio que ligava os auscultadores a alguns desses rádios (nomeadamente aos rádios que eram do tipo walkman, usados nos anos 80/90) era mesmo a antena deles. Propositadamente. Esses rádios "walkman" não tinham outra antena, quer fosse telescópica, de ferrite ou outra.

    Mas há um diferença fundamental em relação ao caso que aqui estamos a tratar: essa antena não se destinava a irradiar qualquer espécie de sinal. Só captava do "éter" o sinal relativo à frequência que as pessoas queriam ouvir. Esses rádios eram receptores puros, não eram emissores também, como acontece com os telemóveis. Estes têm que enviar impulsos de RF com uma potência que seja suficiente para que o sinal chegue a uma BTS, a qual pode estar situada a muitas centenas de metros de distância, mesmo depois de atravessar as paredes de uma casa ou o habitáculo de um carro (que funciona como uma gaiola de Faraday). É obra.
    Um abraço

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  4. Eu estava a referir-me aos radios mais antigos mesmo... dos meados/fins da década de 70, que tinham efectivamente uma antena telescópica, e um auricular que mais parecia um auxiliar auditivo das pessoas com essa deficiência.

    Só mais tarde surgiram os rádios que utilizam o fio dos auscultadores como antena - e como dizes, apenas como receptor.

    Quanto ao sistema dos telemóveis (nomeadamente o GSM) é realmente uma "maravilha" da tecnologia. Para além de todos os problemas inerentes aos sinais RF (interferências, multipath, etc.) poder andar passear, sendo o sinal transferido de célula para célula sem que se note qualquer quebra na chamada que estamos a fazer - já para nao falar na gestão de chamadas em roaming que nos "descobrem" em qualquer parte do mundo onde estejamos... é mesmo obra.

    Abraço. :)

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