As televisões 3D estão prestes a chegar a Portugal, bugs que andam em órbita, ainda o iPad e o Flash, nudez proibida na App Store da Apple (mas só para alguns), e uma dissertação sobre PNGs e JPGs.
TVs 3D chegam a Portugal em Abril
Nada como "facturar" à custa da tecnologia da moda: o 3D. A Panasonic vai dar início à comercialização de um Plasma de 50" Full HD com tecnologia 3D, o Viera TX-P50VT20, que terá um custo de cerca de 3000 euros.
No pacote podemos encontrar incluídos um par de óculos 3D, sendo que um par adicional custará 150 euros adicionais.
Esperemos que estes óculos 3D não sejam confiscados pela nossa ASAE, à semelhança do que aconteceu nos cinemas italianos! ;P
Mas, se esperavam poder ver o Avatar em 3D em vossas casas ainda este ano, desenganem-se: os rumores de que o filme seria lançado em Bluray 3D em Novembro foram já desmentidos, não havendo ainda qualquer data para a sua edição.
Bugs Espaciais
Queixam-se dos bugs nos vossos computadores? Ao que parece, nem a estação espacial está imune a estes problemas de software. A ISS tem sofrido várias anomalias nos seus computadores, que se pensam ser devido a um bug de software (que foi actualizado recentemente para acomodar a instalação do novo módulo Tranquility.) A ISS tem vários sistemas redundantes (e em triplicado) sendo o computador principal assistido por um outro de backup, e ainda um terceiro, de recurso.
O bug tem causado que o processamento esteja a "saltar" entre cada um desses sistemas, e está a ser analisado.
Opiniões...iPad e Flash
Há coisas que me tiram do sério... e uma delas é ver algumas opiniões a chegarem "ao buzz internético" e que, após ter perdido alguns minutos da minha vida a lê-las, descubro que foram um desperdício completo.
Um tal senhor que se dizia especialista em Flash veio a público explicar os motivos pelo qual não poderia nunca existir num iPad (ou iPhone) ou coisa que tal.
Segundo ele isso devia-se - imagine-se! - à inexistência do "hover/mouse over" (o evento que ocorre quando colocamos o ponteiro do rato em cima de algum elemento, mas sem clicar nele.) E que tal impedirá a utilização de apps que "dependem" desse evento (e ele dá alguns exemplos, como jogos Flash que utilizam o movimento do ponteiro do rato para dirigir um veículo, etc.)
Ora... como se esse suposto impedimento tivesse sequer alguma coisa a ver com o iPad (ou qualquer outra plataforma)! Parece que se esquecem que isso depende unica e exclusivamente de se estar a usar um touchscreen, que na sua grande maioria são apenas capazes de detectar "toque" ou "não-toque", e não o tal "posicionamento próximo mas sem tocar".
Mais: os touchscreens existem há décadas, e isso nunca foi impedimento para que se criassem programas para eles - mesmo em Flash. Basta olhar para todos os "kiosks", postos de informação, ou máquinas de jogos multimedia que se encontram em bares e cafés, que utilizam touchscreens.
É um argumento tão "não-argumento" que até me deixa sem mais nada a dizer...
Mas imagino que este senhor também esteja a dizer que os netbooks não têm qualquer futuro, porque os computadores sempre tiveram drives de disquetes e CD-ROMs...
(E o facto de ele estar a falar do iPad, deve ser apenas para capitalizar no gadget da moda, já que temos Tablet PCs há dezenas de anos, assim como dispositivos mobile que dependem exclusivamente de touchscreens, e que até correm Flash, isso parece passar-lhe "ao lado.")
Nudez na App Store... só se for séria!
Um executivo da Apple veio explicar a recente "caça à bruxa" às apps que continham senhoras com pouca roupa ou em poses consideradas demasiado provocantes ou obscenas pelos grandes júris e juízes da moralidade humana que certamente existem por trás das cortinas do processo de aprovação da App Store.
Como sempre, todos são tratados de igual forma... mas uns são mais iguais que outros. Apps como a da Sports Illustrated ou Playboy continuam a ser permitidas... enquanto os outros se vêm atirados para o caixote de Apps recusadas (mesmo que tenham a restrição "para adultos".)
Acho que estou com vontade de mandar um email a reclamar... já que o browser que a Apple me oferece me permite aceder a conteúdos também obscenos, e a app de ver fotos também me permite ver fotos obscenas...
PNG vs JPG
E já que estou numa de "reclamar"... deixem-me desabafar convosco algo que me chateia profundamente. Enquanto apologista da eficiência, detesto o desperdício... e isso tanto se aplica aos combustíveis, como à electricidade, como à comida, como até aos próprios bytes que circulam pela internet.
É por isso mesmo que fico "doente" quando vejo sites que continuam a nem sequer saber usar as imagens em condições. No artigo que linkei no parágrafo anterior, do TechCrunch, um site de suposta referência... o raio da imagem que tinham a ornamentar o artigo era um PNG.
Ora... se nada tenho contra os PNG, irrita-me que estes sejam usado em circunstâncias em que um JPEG seria muito mais eficiente: convertida para JPG com uma perda de qualidade reduzida, a imagem passa de 145KB para apenas 33KB (e se a qualidade fosse mesmo um factor primordial, poderiamos mantê-la e mesmo assim poupar mais de 30 ou 40% do tamanho original.)
Se para um utilizador de internet de banda larga isto pareça irrelevante, imaginem que estão a aceder via modem "dos antigos", ou via mobile; ou então que estão do outro lado, e que caso tenham 1 milhão de visitas, essa simples troca de PNG para JPG poupou-vos uns meros 112GB de tráfego!
Portanto... vamos lá ver se espalhamos a dica: usem os formatos mais apropriados ao tipo de imagem que pretendemos e que permitam o máximo de eficiência (seja ele JPEG, PNG, ou o que calhar!)
Mas o contŕario é que acontece mais que é o abuso do jpeg quando se devia usar o PNG
ResponderEliminarCalhou ser este o caso, mas sim... aplica-se a todos os casos de "trocas indevidas", quer seja usar JPEGs para diagramas, ou usar GIF para fotos... :)
ResponderEliminarHello grande Carlos,
ResponderEliminarEu por acaso tambem li esse report sobre o "porque o iPad nao tem suporte a flash".
Mas eu percebi que o que ele se referia era a falta de suporte a hover / mouse over EM multitouch (ou seja, a implementacao de flash nao esta pronta a receber 2 ou mais coordenadas em simultaneo) e isso, para mim, ja me faz mais sentido.
Hugz!
Luis
Carlos a vantagem do PNG é ser livre de patentes ao contrario do JPEG.
ResponderEliminarqt ao flash axo q o q ele keria dizer é q n tens o evento "mouse" nos ipads, ou androids, mas sim pontos de pressao.
sao coisas distintas.
nos outros tablets, sim, tens um ponteiro de mouse, q segue o dedo
@Luis
ResponderEliminarMas o Flash suporta multitouch...
Embora haja "gestures" que não suporte nativamente, existam frameworks que o fazem como a gestureworks.
Em relação ao problema "imagens ousadas" na AppStore, a minha opinião sarcástica até é muito simples: se alguém precisa impreterivelmente de ver pornografia no seu telemóvel, então os seus problemas são muito mais profundos do que não poder ver pornografia no seu telemóvel.
ResponderEliminarE sim, a Playboy pode ser comprada só por causa dos seus textos e entrevistas. Não estou a dizer que o seja, claro...
@João
ResponderEliminarSim, mas não é isso sequer que está em causa. A questão está nas explicações que dão: não pode haver porque é obsceno... Ora... o que é obsceno para uns poderá não ser para outros. Onde se "desenha a linha"?
Bem sei que é uma condição que quem quer um iPhone tem que aceitar (gramar com as decisões da App Store) mas não quer dizer que concorde - mesmo não pretendendo dar uso a esse tipo de Apps. (Como se o browser não fosse por si só mais que suficiente para colmatar todos e quaisquer gostos e/ou vontades! :)
Essa questão do usar PNG ou JPEG, depende da finalidade... o PNG sempre dá para as transparências e tal mas também sou dos que acho o formato demasiado gastador de espaço quando o JPEG se consegue obter um melhor equilíbrio sem sacrificar a imagem.
ResponderEliminarHá alturas onde as imagens são meramente indicativas e para adornar. O caso que referes insere-se nesse principio e aí o objectivo deveria ser mais focado no espaço que ela ocupa e não na qualidade da imagem.
Agora quando o objectivo o destaque do artigo é a imagem, o foco passa mais para a qualidade dela, logo PNG ou JPEG. Mesmo assim o PNG poupa muita mais.
O caso que referes é ainda mais caricato pois eles foram obter a imagem da AppStore, que lá está em JPEG 320x480 e pesa 75kb. Esses estúpidos foram usar a mesma imagem, reduziram aos pixels para 243x368 mas criaram o ficheiro em PNG que passou a ocupar bem mais que o original, ficando agora com 148Kb. Que estupidez mesmo...
No meu blog, uso sempre JPEG, optimizo o tamanho delas (tanto em pixels com em peso de kb) e faço sempre a gestão da cor para sRGB. Faço por ser poupadinho...
Carlos, eu avisei que estava a ser sarcástico. E, como todos os sarcasmos, deve ser tomado com uma pitada de sal. A minha opinião real é, de resto, descrita na resposta que deste. Penso que a AppStore se deveria limitar a classificar as aplicações pelos mesmos critérios que os filmes o são - e estaria o caso resolvido.
ResponderEliminarO meu maior problema com a AppStore não é, na essência, que se faça uma triagem às aplicações. Sendo a Apple, perante o grande público, a cara que fica associada aos conteúdos aí disponibilizados, penso que está no seu direito. O meu problema é que não parece haver uma consistência nessa triagem.
Ui... as classificações dos filmes (nos USA) são uma máfia ainda pior!!!
ResponderEliminar(Se puderes, ve o filme: "This Film is Not Yet Rated!" :)
É mau? Pois é. Há critérios dúbios, outros simplesmente absurdos - um pouco como os relatórios da nossa ERC. Mas pelo menos é algo que está relativamente definido, não este constante tactear de subjectividade da AppStore.
ResponderEliminarEstou curioso para ver o que a Samsung vai trazer com o conversor 2D>3D na 55C9000.
ResponderEliminarE um pana de 40" com a tal "quádrupla eficiência luminosa" a gastar 95w.. heheh