2011/08/14

MacBook Air e a Concorrência

Um interessante artigo na PC World aborda as questões que certamente já vos terão passado igualmente pela cabeça: porque razão anda a maioria dos fabricantes de portáteis a reboque da Apple e do seu MacBook Air?

Faz quase um ano que a Apple lançou o seu novo MacBook Air que imediatamente se tornou num sucesso de vendas (tendo sido recentemente actualizado para novas versões ainda mais apetecíveis).

Enquanto isso, os restantes fabricantes tentam arranjar alternativas que tornem os seus portáteis - habitualmente vistos como "calhamaços" - igualmente atractivos. Mas, parece não ser fácil. Os poucos que vão surgindo, embora finos, leves e cheios de tecnologia, surgem com preços nada atractivos - especialmente quando colocados em comparação directa com os MacBooks Air. E, enquanto isso, a Apple prepara-se para lançar MacBooks Pro que serão igualmente "finos" usando os ensinamentos dos Air.

Algumas das acusações feitas são: a de que os fabricantes desistem facilmente - não se preocupando em colocar um produto no mercado que ofereça uma combinação de hardware interessante a preço igualmente atractivo; a de que se preocupam demasiado em manter elementos ultrapassados, como o leitor/gravador de discos ópticos (CD/DVD), que impedem a redução do tamanho do portátil; etc.

Também a Apple passou por alguns desses "problemas". O MB Air original era bastante limitado e caro, factor que limitou o seu sucesso. Mas, em vez de "desistir", a Apple optou por procurar por soluções que permitissem manter o conceito, mas a preço mais atractivo... e o resultado está à vista.

Agora, todos os outros tentam entrar na corrida aos "ultrabooks"... mas irão para sempre ficar de rotulados de tentativas de imitação dos Apple.

Será mesmo que as outras marcas andam a olhar para o ar em vez de tentarem inovar por si mesmos? A Asus já demonstrou ter produtos com sucesso, como a criação do segmento netbook com os Eee PC, e mais recentemente com tablets "transformistas" como o Eee Transformer e o Slider. Agora, apenas é preciso que surjam mais empresas com coragem para criar produtos apetecíveis e andar com as coisas para a frente.
Mas... se fazem produtos caros que ninguém compra, será preciso não se esquecerem que o principal factor do sucesso de um produto continua a ser: o preço. Vejam quanto vendeu o MB Air original e vejam quanto venderam as gerações seguintes.

(E da mesma forma, imaginem quanto as coisas poderiam ter sido diferentes se o iPad original tivesse sido realmente vendido com um preço a começar nos $999 em vez dos $499.)

4 comentários:

  1. O Carlos tocou o ponto fundamental. O sucesso é a conjugação (nada fácil) do preço competitivo com a boa qualidade. Creio que está claro que o sucesso da Apple não vem da inovação em termos de tecnologia, pois se repararmos bem o computador portátil, o rato, o smartphone touch e o tablet não foram criados pela empresa da maçã, mas foi esta que os transformou em produtos de sucesso, graças ao delicado equilíbrio entre esses dói factores fundamentais, preço e qualidade. Parece fácil, mas aí está o "pulo do gato".

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  2. Não sei em Portugal, mas no Brasil, os produtos da Apple são sempre os mais caros. Não vale o custo/benefício.

    Sendo assim, os concorrentes vendem mais por aqui.
    Já estou pensando em trocar o meu Vaio X Series Signature Collection, e estou a escolher entre o Série 9 da Samsung e o Asus UX21 que será lançado.

    E pelo que eu sei, no rotulo de "Ultrabook", o Macbook Air da Apple não está qualificado a entrar, já que possui apenas um processador core 2 duo.

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  3. @A.Z.
    Os novos Air já têm processadores Intel Core i5 e i7.

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  4. Vermelhusco15/8/11 11:27

    De facto se há algo que a Apple tem feito com a sua perseverança é conseguido aperfeiçoar produtos que quando são lançados não passam de "brinquedos" caros e pouco funcionais. Os seus produtos de 1ª (e ás vezes mesmo de 2ª) geração são de fugir mas o facto é que o constante aperfeiçoar dos seus produtos acaba por os tonrar apetecíveis.

    O MBA é o exemplo maior disso. Se o anterior com Core 2 Duo não valia a pena, este novo é bastante apetecível.
    E acho incompreensível que pouquíssimas marcas excluindo a Sony e a Samsung deixem de inovar e lançar produtos interessantes mas que se tornam bastante inacessíveis também pelos seus preços.

    Se os PCs e portáteis estão estagnantes e com quota de mercado a diminuir para os tablets é porque deixou de haver inovação nesse sector.

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