Uma vez mais, graças a todos vocês e ao nosso fundo de gadgets, tive a oportunidade de experimentar um dos mais recentes e apetecíveis portáteis "ultra-light" existentes no mercado, o Apple MacBook Air de 11.6".
Considerando que o meu contacto com o OS X dos Macs tem sido ocasional e breve, foi também da maneira que pude passar algum tempo a ver que tal se processava a transição "Ubuntu/Windows->OS X".
(Que não é lá muito simples... mas com o tempo, o Google, e alguns amigos utilizadores de OS X, tudo se resolve.)
Primeiras Impressões
Conforme assistimos durante a apresentação destes novos MacBook Air, estes novos modelos apresentam elementos "antigos"... acompanhados por algumas novidades.
Se o CPU é o Core 2 Duo que já merecia ser substituido por um Core i3/i5, a nível de disco estes Air romperam com o passado. O armazenamento está agora a cargo de velozes SSDs - mas que aqui surgem em módulos semelhantes a um módulo de memória. Nada de caixas ou barramentos "tradicionais" que obriguem a volumes/componentes/peso acrescidos.
A placa gráfica é agora uma Nvidia GF320M, e a memória RAM é de 2GB - no nosso caso expandida para 4GB.
A qualidade de construção é irrepreensível, com uma solidez a toda a prova.
Estas opções, a par da inexistência de um drive óptico (o OS X de instalação vem numa reduzida pen USB) permitem que este MacBook Air seja mais compacto e fino que nunca.
Pen de instalação do OS X.
MacBook Air comparado com um iPad
Sim, por estranho que pareça, o novo MacBook Air faz o iPad parecer... "inchado"... :)
Portabilidade
Será esta - talvez - a questão mais importante de quem procura um portátil com ecrã de 11.6". Já sabemos que temos que assumir o compromisso de trabalhar com a reduzida área de ecrã e resolução; mas... por outro lado, temos um portátil pelo qual nem "damos conta".
Este MacBook Air é um prazer de carregar para todo o lado - e quase sempre causa olhares incrédulos sempre que o tiram de uma qualquer bolsa e o ligam. :)
Quando posto ao lado de qualquer outro portátil... as diferenças saltam à vista, mesmo quando comparado com "netbooks" de tamanho reduzido - e que agora ficam a parecer pesados e volumosos.
Ao contrário dos outros netbooks, o Core 2 Duo nestes Air é suficiente para trabalhar em praticamente todos os programas que desejem - especialmente se optarem pelos 4Gb de RAM - e sem esquecer o precioso auxílio do disco SSD, que acelera todos os acessos que anteriormente eram feitos aos vagarosos discos magnéticos.
Em Funcionamento
Com um tempo de arranque de cerca de 15 seg, e um autonomia que se estende para lá das 5h, o MB Air está sempre pronto a ser usado sem que tenham que se preocupar constantemente com a existência de uma tomada eléctrica por perto.
Tanto no browser como em programas como o iMovie, o Air mexe-se sempre de forma "rapidinha" - em grande parte graças à existência do SSD, que serve para compensar algumas das limitações que pudessem ser imputadas ao CPU.
Apreciação Final
Tendo sido o meu primeiro contacto mais a sério com os Macs, digo-vos que é indispensável um período de adaptação (aliado de uma boa dose de paciência :)
Embora haja coisas que rapidamente se tornam cómodas e intuitivas (como os gestos multitouch no trackpad, para fazer scroll, zoom, etc), há também outras "esquisitices" que poderão irritar alguns utilizadores: como a inexistência de um "maximize" que faça uma janela ocupar o ecrã total (não sem que se procedam a alguns tweaks, facilitados por alguém já habituado a essas coisas.)
Mas... é como tudo, será uma questão de tempo até que qualquer utilizador aprenda a tirar o máximo partido do sistema.
Quanto ao MacBook Air em si... definitivamente é um portátil altamente recomendado para todos os que procurem um computador perfeitamente capaz de enfrentar todas as tarefas, num formato super-reduzido sem concorrência por agora.
O preço de 1000€ poderá parecer exagerado, mas face ao que oferece torna-se justificável (não querendo com isto dizer que deixe de ser "caro"). Se para muitos, a escolha de um netbook de 300€ será mais vantajosa, para aqueles que dão por si a olhar para netbooks de 500 e 600€ para terem as características que procuram... já poderão olhar para estes 1000€ com outros olhos.
O MacBook Air não é perfeito: a inexistência de drive óptico e de uma ficha ethernet "por cabo", poderá ser eliminadora para muitos clientes. Mas, considerando o mercado alvo deste ultra-portátil, destinado a estar sempre em movimento e livre de fios... posso dizer-vos que este MacBook Air se torna numa proposta irrecusável!
Apple MacBook Air
Prós
- Formato ultra-compacto
- Módulo SSD
- Robustez e qualidade de construção
Contras
- Ausência de ethernet/drive óptico (para quem sentir falta disso)
- CPU "antiquado"
- Preço elevado
Uso o ShiftIt para fazer window management (incluindo maximizar janelas)
ResponderEliminarse alguem quiser fazer o redimensionamento á la windows 7 tb pode usar o hyperdock
basicamente o cpu é a única coisa que "estraga" este Macbook Air.
Gosto muito ainda assim. Mas n suficiente para me desfazer do meu MBPro(5,5)
n eskecer q crasha qd ligado ao wifi do codebits :P
ResponderEliminarConsiderando que o crash não era exclusivo do MB Air... (até o teu crashou, não foi? ;P) isso é relato para ser contado na review ao codebits. :)
ResponderEliminarAlguma duvida/ajuda que possa exclarecer, é só perguntar.
ResponderEliminar"faça uma janela ocupar o ecrã total...."
Isso deve ser alguma "mania" apanhada pelos Windows users.
Nunca vi/ouvi nenhum macuser (não switcher) a "queixar-se" disso.
(nem nunca senti falta de tal coisa).
;)
É isso e a mania de fechar janelas em x de fechar a aplicação.
O "botão" vermelho "apenas" fecha a janela, não encerra a aplicação.
Mas os switchers "teimam" em fechar janelas e a deixar as aplicações a correr.
(eheheh)
Se nos limitamos a falar do modelo de 11", ambicionar um i3 ou i5 pode ser o equivalente a meter o Rossio na rua da Betesga. Li bastante (teorias, pois não veio de nenhum dos engenheiros da Apple) sobre o assunto e fiquei convencido de ter sido uma decisão bastante ponderada. Estou certo ao assumir que o processador é o SU9400, com um TDP de 10W? Um I3-330UM tem um TDP de 18W. Até o que equipa o modelo de 13" tem um TDP de 17W. Talvez os projectistas não tenham querido correr riscos com Airs escaldantes.
ResponderEliminarKincas: sim, maximizar a janela é vício apanhado no Windows (e Linux também). Ao fim de um ano de uso, é uma das duas coisas que me faz "impressão". A outra é usar o Finder para gerir ficheiros - parece-me menos eficiente do que o Explorer (quem diria!). Mas já encontrei alguns truques para contornar isso.
ResponderEliminarA questão "fechar a janela não fechar a aplicação", posso também confirmar, é a única coisa que vejo fazer confusão nos meus clientes que se transferiram. É por isso que tendo sempre a sugerir máquinas com 4GB - não vá eles chegarem ao swap.
A minha experiência de adaptação ao Mac foi extremamente indolor. Se ignorarmos aqueles dois dias iniciais durante os quais teimava em escrever ls, cp e mv no Windows e dir no OS X; e em que ia fechar a janela do Windows no lado esquerdo e a do OS X no lado direito; na primeira noite tinha já os ficheiros transferidos, as aplicações (mesmas ou equivalentes) instaladas e estava usando o Mac como se nunca tivesse usado outra coisa.
Essa ausência da ficha Ethernet deve-se ao facto de o Mac ser incrivelmente fino, correcto ?
ResponderEliminarSim... Já nalguns Eee PC mais finos, a ficha ethernet está numa porta "transformista", que estica. :)
ResponderEliminarA questão do CPU antiquado é fácil de explicar: se colocassem um i3 e da forma como está organizado só poderia ter uma gráfica intel hd. Não teria espaço para a geforce.
ResponderEliminarnao, o meu nunca crashou.
ResponderEliminartive foi probs de ligaçao a rede, devido a problemas de DNS.
pelo que vi algures (n tenho aqui o link, já foi à uns tempos), a razão da escolha do processador tem a ver com o tamanho da board. com o i3, i5, etc, a board tem q ter espaço para 3 chips: CPU, GPU e outro chip lá no meio, por causa da arquitectura da intel e da relação desta com chips gráficos externos.
ResponderEliminarno caso dos core 2 duo, basta o cpu e o chip gráfico, segundo parece.
sendo assim a board pode ser bastante mais pequena.
parece que este foi um dos factores chave para a decisão. e, bem vistas as coisas, um core 2 duo tem capacidade suficiente para 90% das coisas q vão ser feitas numa maquina com aquele tamanho de ecrã (fisico e em pixeis(pixels?)).
Tinha piada se fizesses comparativo com alguns dos ultra-portateis no mercado (e nao netbooks) tipo os asus de 12'' (a versao com corei3 e com atom dual core).
ResponderEliminarTambem sao bastante fininhos.
Artigo bastante jeitoso Carlos, que naturalmente, vindo de um não-Mac user, a review seria sempre um compreensível misto de MacBook Air com bitaites ao Mac OS X.
ResponderEliminarEste de 11" é o único portátil que já vi até hoje que me atrai 100%... e uma das maiores fontes de desejo que já não senti-a há imenso tempo. As ausências que possa ter são até as grandes vantagens dele. Os únicos handycaps que lhe aponto é realmente o preço que acho elevadíssimo perante a gama da Apple, onde pelo mesmo preço se compra "mais e melhor"... mas sem a ultra-portabilidade que um Air tem e provoca inveja.
E ter o largo friso de aluminio no monitor, que o torna menos bonito. Suspirava ainda mais se tivesse vidro de ponta a ponta. Mas não pode pois além da resistência da "tampa", o Air ficaria a pesar mais um pouco... não poderia ser e foi uma opção da Apple.
@ Kincas: Subscrevo-te totalmente, pois é um comportamento realmente típico de quem vem "das Janelas". E sim, nunca vais ouvir semelhante pedido. Adianto até, o ódio que tenho ao maximizado... e muito mais o sinto quando uso outro PC/Mac de alguém com tudo sempre maximizado.
É irónico, o tique de ter tudo maximizado (até uma janela qualquer de Messenger!) num sistema operativo que se chama Windows e quase nem se as chega a ver no ecrã... pois é sempre uma única exibida!
Um dos factores do OS X ter sido bem sucedido perante switchers foi por a Apple abrir imensas concessões ao incluir montes de tiques do Windows, excepto o maximizar.
@Nasp: Mia do que o design fisico, o conceito do Air dispensa o ethernet em absoluto. Contudo, pode-se também usar dessa forma com um adaptador por USB que a Apple vende.
@ João Sousa: essas observações sobre o processador, são valiosas e muito certeiras. Claro que seria bem melhor com um core i5 até... mas não pode para já, perante o que existe.
Mesmo assim a engenharia da Apple demonstrou que um Core 2 Duo com outros componentes, pode ser muito rápido mesmo assim. Mais do que o esperado até.
Um Air de 11"... ui... ser pobre é fodido!
Ainda relativamente ao fullscreen - e isso é coisa que apenas sinto falta em ecrãs pequenos: num de 24" não me lembro de alguma vez ter alguma coisa maximizada ;) - apenas relembro que as "full screen Apps" tiveram honras de destaque na apresentação do futuro OSX Lion... Portanto, parece que alguém lá dentro também achou que faziam falta... :)
ResponderEliminarTambém é verdade, com ecrãs generosos a necessidade nunca se coloca e é nos pequenos que dá jeito. Mas mesmo assim não me dou bem com isso e a futura evolução que vem no OS X LION (10.7) tras o fullscreen mas com uma nova abordagem (no fundo, providencia formas de interacção com outras aplicações sem ficar em controle absoluto do ecrã).
ResponderEliminarRelembro que essa do tamanho do monitor é desculpa.
ResponderEliminarQuais eram as dimensões dos ecrãs há 10 anos?
Nessa altura tb não era "necessário" o fullscreen.
;)
@Kincas
ResponderEliminarOlha que não, num monitor com resolução inferior a 768 em altura, acho "impossível" trabalhar com um browser sem ser em fullscreen...
Já quando se fala de 1200 ou mais... é quase o oposto, preferindo trabalhar sempre em "janelas". :)
Tadinhos de todos os que viveram nos tempos de ecrãs até 15".
ResponderEliminarSurfavam impossivelmente em ecrãs pequenos sem fullscreen.
Como digo é um falso pretexto.
@Kincas
ResponderEliminarÉ tão falso pretexto como dizer que não se podia usar um computador quando nem tinha modo gráfico e os ecrãs eram monocromáticos... :)
Claro que se pode, e é uma questão de hábito e "aceitar" o que se tem. Aqui a questão é mesmo a mudança: ter algo e deixar de ter custa muito mais que nunca ter tido e não sentir a falta. :)
Tenho um MBA, exactamente este modelo que tve em teste. E o que posso dizer dele é que é um produto de excelente qualidade, super pratico, ideal para quem quer apenas internet, office consumo e produção ocasional de media.
ResponderEliminarO CPU poderia ser um i5 podia... como entretanto veio a ser, mas sinto mais falta de a bateria só durar as 5h que falas em condições ideeais e não facilmente.
Quanto ao "maximaze"... não entendo como é que alguém pode achar supérfluo, a não ser por por bandeira e oposição aos outros OS. Vá lá, não custa muito reconhecer que o OSx também tem coisas a aprender com os outros, e esta é especialmente sentida neste MBA com tamanho tão reduzido! ;)