Por muito que alguns se esforcem em aproximar os livros digitais dos seus congéneres físicos, indo ao ponto absurdo de simular os empréstimos - fazendo com que ao emprestarem um livro digital a alguém, não lhe possam aceder durante esse período (uma verdadeira aberração que vai contrar todas as vantagens das quais se deveria tirar partido do "digital") há editores que começam a apreciar a volumosa quantidade de informação que agora começa a fluir destes livros, e que seria impossível de compilar nos livros antigos.
É que com um leitor digital, torna-se possível analisar minuciosamente os hábitos de leitura de todos os utilizadores: não só saber que livros são mais lidos e relidos, mas ir ao ponto de saber quanto tempo os utilizadores passam em cada página; que frases salientam ou tomam nota; se efectivamente lêem os prefácios ou outras secções do livro ou se as passam à frente; com que ritmo são lidos os livros de diferentes categorias (de uma só vez? em blocos intervalados?); etc. etc.
Informações que poderão ser consideras inconsequentes se recolhidas de forma anónima, mas que poderão igualmente servir para criar os tão falados "perfis" dos utilizadores, que servirão como munição para "ataques estratégicos" de marketing com vista a maximizar a venda de produtos. Mas, mais ainda, por exemplo: um livro que esteja a ser abandonado por muitos leitores num certo capítulo, poderá ser alvo de uma reestruturação para evitar esse "solavanco" e assim fazer com que se torne mais apelativo à leitura.
As possibilidades são imensas... e sem dúvida que estes novos dados sobre a leitura irão ter o seu impacto na forma como os livros são escritos e apresentados.
Queres tu dizer que também temos uma espécie de "Facebook" nos eBooks, desconhecia.
ResponderEliminarE isto não será também invasão de privacidade?