2012/08/19

Armazenamento de Dados no DNA


Bytes, Kilobytes, Megabytes, Gigabytes, Terabytes, Petabytes... a quantidade de informação digital que é necessário armazenar não pára de aumentar, e alguns investigadores conseguiram agora dar uso a um dos mais eficientes meios de armazenamento de dados que foi desenvolvido ao longo de milhões de anos pela Natureza: o DNA.

Para por as coisas em perspectiva, se pensam ser um feito tecnológico o vosso disco rígido ser capaz de guardar 2TB num volume bastante compacto, relembrem-se que um único grama de DNA é capaz de guardar biliões de Gigabytes. E para demonstrar que isto não é ficção científica e que pode mesmo ser utilizado na prática, estes investigadores conseguiram armazenar o conteúdo de um livro sobre genética em menos de um picograma de DNA.

No entanto, ainda há um longo caminho pela frente, antes de podemos carregar uma cópia de segurança de toda o conteúdo alguma vez criado pela humanidade no nosso smartphone para todo o lado. Para ultrapassar o problema de lidar com células vivas (que têm "inconvenientes" como morrer, replicarem-se, ou sofrerem mutações que corrompem os dados), a equipa recorreu a blocos de DNA sintético, impressos por uma impressora de jactos de tinta num pequeno pedaço de vidro. Para evitar erros, cada "bit" é guardado vários milhares de vezes, e neste sistema experimental, a taxa de erros foi de apenas 2 por cada milhão de bits - estando ao nível do que é conseguido em DVDs, e melhor que os discos magnéticos.

No entanto, ainda falta muito até que todo o equipamento necessário para ler e escrever dados em DNA possa ter tamanho e custo que tornem este método atractivo. Mas, com os avanços tecnológicos... talvez daqui por mais algumas décadas o volume de armazenamento de milhões de terabytes seja algo que possa ficar confinado a uns poucos gramas de DNA dentro de um chip.

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