2013/11/16
Código fonte do DOS do Apple II
Não sei se será motivo de orgulho (ou motivo para ficar assustado) ter tido a oportunidade de testemunhar pessoalmente a evolução que a informática teve ao longo das últimas décadas. Mas de uma forma ou de outra não deixa de ser curioso ver que máquinas que há "alguns anos" eram consideradas como sendo máquinas de sonho sejam agora verdadeiras relíquias de museu. E igualmente curioso será podemos olhar para aquilo que as fazia mexer: o seu software. Agora podemos contar com mais um pedaço de código que ficará imortalizado: o do DOS do Apple II.
O Apple II foi lançado em 1977, sendo um computador "pronto a usar" ao contrário do seu antecessor vendido em kit para ser montado, mas sofria de um grave problema: dependia de vagarosas cassetes para ler os programas e gravar dados. No ano seguinte ficava disponível uma versão com drives de disquetes, com controladores que Wozniak engenhosamente concebeu simplificando o hardware de controlo (e reduzindo os custos)... mas a Apple era uma pequena empresa que não tinha capacidade para desenvolver tudo o que isso iria implicar: para além do software de controlo dos drives, era necessário criar um sistema de ficheiros, sistema de acesso/leitura/escrita aos mesmos... enfim... um Disk Operating System (DOS)!
A solução foi recorrer a uma empresa externa, a Shepardson Microsystems, que por $13,000 dólares se comprometeu a criar aquilo que Steve Jobs queria. Paul Laughton foi o programador responsável... e fez algo que hoje em dia pareceria impossível. Em pouco mais de um mês criou o Apple DOS.
Agora, com a colaboração do programador original, do Computer History Museum e com a autorização da Apple, o mundo pode ver o código fonte do DOS usado no Apple II.
Material que me faz recordar as longa listagens de programas em papel perfurado que era debitado pelas impressoras matriciais e que ainda enchem alguns caixotes que tenho guardado algures! Não será certamente leitura "de mesa de cabeceira", mas não deixa de ser um pedaço de história que os mais curiosos poderão ter interesse em espreitar - e que faz todo o sentido ser preservado e disponibilizado para apreciação pública.
Afinal... tal como há equações matemáticas que podem ser consideradas sublimes... não deixam de haver programas que são uma autêntica obra de arte da programação (não que esteja a dizer que seja este o caso do Apple DOS; mas que os há, há! :)
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Ena, bons velhos tempos, ainda usei um desses com Apple DOS e com CP/M.
ResponderEliminarEu tenho desses meninos no museu do meu local de trabalho.:D
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