2013/12/02

Tirar DRM das músicas aumenta as vendas entre 10 e 40%


Não é nada que vá surpreender qualquer pessoa que tenha mais de um par de neurónios na cabeça, mas poderá ajudar a deitar por terra aqueles que só acreditam em estudos com base em dados mais concretos. Se dúvidas houvesse que o DRM influencia negativamente o volume de vendas, agora temos mais uma demonstração bem clara de que o abandono do DRM nas músicas faz aumentar as vendas.

E desta vez nem sequer se pode usar a desculpa de que isto foi feito apenas à custa de editoras independentes e desconhecidas, já que os dados se referem a quatro grandes editoras: Sony, EMI, Warner, e Universal. Como estas editoras abandonaram o DRM em diferentes alturas, permitiram compilar e analisar resultados que não são dependentes de uma única fase temporal.

Foram analisadas as vendas de mais de 5800 álbuns de 634 artistas, comparando o volume de vendas durante a época em que eram vendidas com DRM, com as vendas depois do abandono deste sistema que só serve para chatear os clientes pagadores (sendo que quem faz downloads ilegais continuará a fazê-los, e usufruindo de conteúdos para usar como bem entender sem qualquer tipo de chatices.) Em média, as vendas de músicas digitais sem DRM aumentaram 10% face às versões com DRM; sendo que esse aumento é bastante superior quando se tratam de álbuns antigos (+41%) ou menos populares (+30%). No caso das músicas mais populares... o DRM não afecta tanto o volume de vendas... pois o interesse continua a ser muito independente de ter ou não DRM.

De qualquer forma, fica demonstrado que o DRM não traz qualquer benefício adicional às editoras (que no caso da indústria musical parecem já ter percebido isso) - faltando agora que este bom senso se propague igualmente aos livros digitais, filmes... e principalmente: os videojogos!

9 comentários:

  1. O DRM não faz sentido e evita que pessoas como eu comprem músicas online em locais como itunes, visto que fico limitado a iOS e eu uso também Android, MP3 players, carro, etc e obviamente se gastei dinheiro em música. ...É minha e quero ouvir em todo o lado. O mesmo com os filmes: se comprei um bluray quero poder ripar /converter e ver o filme onde me apetecer, não ficar limitado à TV com bluray. Culpados são também os baixos salários de muitos países que não permitem compras de multimédia e a mentalidade de muita gente que acha bem dar 5 euros por pacote de tabaco/cervejas mas mal 5 euros por uma músicas. .. (yap, tugas, espanhóis, sul América, etc)

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    1. A música da iTunes Store já é DRM free há uns quantos anos.

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    2. Já comprei ( pouquíssimas), ganhei (poucas) e legalizei via iTunes Match (milhares) músicas na iTunes Store e TODAS vieram sem DRM. Tenho-as em smartphones Android e WP, além das iCoisas obviamente.

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    3. Já comprei ( pouquíssimas), ganhei (poucas) e legalizei via iTunes Match (milhares) músicas na iTunes Store e TODAS vieram sem DRM. Tenho-as em smartphones Android e WP, além das iCoisas obviamente.

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    4. As musicas que compras com iTunes, como fazes para usá-las num vulgar MP3? Copy & Paste?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Eu sou mais radical,
    Nunca, mas nunca na minha vida, irei comprar (alugar é outra conversa), seja musica ou filmes, algo Digital!!! Venha ela com DRM ou não...
    O prazer de poder ter um filme ou cd em formato fisico é algo indescritível e que nunca ng atingirá através do digital...
    Já pra não falar que o suporte fisico, quando comprado, é meu. O digital, sei lá, posso perder a conta, o serviço fechar, eu esquecer-me da password, etc...

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    1. O que queres dizer nao é digital mas "online" ou "cloud", porque digital já o sao o CD, DVD, Blu-Ray, MP3, etc etc. Em todo o caso eu sou totalmente contra, também, dessas compras virtuais *se* isso nao implicar um download fisico para o meu aparelho. Versoes "cloud" sao demasiado voláteis e implicam constante acesso à internet.

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    2. Também podes esquecer-te do DVD numa gaveta, um furacão passar por tua casa e levar-te o DVD, o leitor queimar o DVD... Como é óbvio estou a exagerar, mas é preciso algo muito forte para que serviços como a Netflix, por exemplo, com o prestígio que já adquiriu entretanto, fechem.
      Ainda consigo perceber essa "teoria" do prazer se sentir os objetos físicos quando aplicada nos livros/e-books. Agora em músicas, ou filmes... Não compreendo. Vemos o filme, ouvimos o álbum sem qualquer contacto físico com nada. Não entendo. Mas claro que isto é apenas a minha opinião.
      Ressalvando as vantagens da cloud neste tipo de serviços: podes ouvir a tua música/ver o teu filme onde quiseres em qualquer parte do mundo (até em África num futuro próximo, e com ligações a 1Gigabit por segundo!), não precisas de 10 estantes para guardares as tuas centenas de álbuns e filmes, para além de que podes comprar tudo à distância de dois clicks, sem te mexer do sofá.

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