2014/05/14

Biblioteca do Congresso estuda longevidade dos CDs


A biblioteca do congresso norte-americano está consciente de que os registos actuais deixam bastante a desejar, e quer descobrir mais sobre a longevidade dos CDs para tomar as medidas apropriadas para a preservação de dados.

Lembram-se daquele tempo em que gravar CDs era um acto quase diário e natural? Já experimentaram olhar para alguns desses CDs? O mais certo é terem uma surpresa, ao verem que grande parte deles está com um aspecto mais "transparente", e que mesmo os que parecem estar intactos poderão já não ser lidos pelo vosso drive óptico.

Se para um utilizador caseiro, isso poderá não ser grande incómodo (as músicas que ouviam agora podem continuar a escutar via streaming ou no YouTube, os backups de fotos estarão certamente replicados em vários discos e na "cloud", e os filmes em resoluções sofríveis já não chegam para quem está habituado ao HD) para quem se tem que preocupar com a preservação de dados para as gerações futuras, isso é bem mais complicado.

Por isso mesmo a Biblioteca do Congresso está a pedir que lhes enviem CDs velhos que já não necessitem, para que eles possam realizar testes e tentar chegar a uma conclusão sobre a sua potencial longevidade. O grande problema é que o processo de fabrico de CDs faz com que CDs da mesma marca possam ter comportamentos bem diferentes - como demonstrado na fotografia que ilustra o post, onde depois de testes de envelhecimento (onde são sujeitos a temperaturas e humidade elevadas) um dos CDs se manteve intacto enquanto outro se tornou totalmente transparente. Ou seja... nenhum CD está seguro.

Não deixa de ser curioso... pois poderão deixar aos vossos filhos e netos os LPs que os vossos pais compraram, e que poderão continuar a ser ouvidos (caso ainda disponham de um gira-discos), mas muito provavelmente os CDs que foram acumulando... não passarão de rodelas de plástico que não servem para nada (para não falar que também muito provavelmente será mais complicado encontrar um leitor de discos ópticos daqui por umas décadas do que um gira-discos).


Uma coisa é certa, qualquer que fosse o CD ou DVD utilizado... não me parece que qualquer um deles possa competir com os hieróglifos gravados em pedra que ainda sobrevivem das civilizações antigas, após milhares de anos. :)

1 comentário:

  1. Boas.
    Só posso dizer que toda a minha coleção de CD's audio está de boa saúde. Sem exceções. E começou em 1992. Portanto o meu primeiro CD está com 22 anos de idade.

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