2014/05/27

Google prevê levar publicidade aos automóveis, frigoríficos e tudo o mais


Hoje em dia vamos convivendo com a publicidade que surge de forma mais (ou menos) intrusiva nos diversos meios. Os canais de televisão, jornais, revistas, internet; onde quer que haja pessoas há interesse em apresentar publicidade, e para o futuro o Google prevê que isso se expanda a muitos mais locais, como nos nossos automóveis e até nos termóstatos digitais que se tenham em casa.

A nossa relação complicada nem sempre é fácil. Quem quer ver um programa de televisão e descobre que na hora que seria suposto começar ainda tem que aturar um quarto de hora de anúncios, e depois intervalos que quase são maiores que o próprio programa, rapidamente se sentirá tentado usar outros meios que lhe permitem ver aquilo que quer de forma menos abusiva. Do mesmo modo, muitos serão aqueles que terão deixado de comprar revistas quando começaram a reparar que grande parte do seu conteúdo deixou de ser "conteúdo" e passou a ser publicidade... e uma coisa é lermos revistas gratuitas, por terem publicidade; outra é estarmos a pagar por isso!

O Google ganha dinheiro à custa da publicidade, e para o futuro não deixa de lado a hipótese de nos apresentar os seus anúncios onde quer que seja. É uma evolução natural, e que será inevitável (se não for o Google será outra empresa a fazê-lo).

A grande questão é saber a forma como será feita, e onde o ponto crítico será o mesmo que faz alguém desistir de ver televisão ou deixar de comprar uma revista - mas não se importando de ver alguns segundos de publicidade antes de poder ver o vídeo do YouTube que deseja ver: a relação "custo/benefício".

A mim não me custa ver 5, 10 ou 15 segundos de publicidade antes de poder ver um vídeo no YouTube de 5 ou mais minutos; nem tão pouco visitar sites que tenham alguns anúncios espalhados. Mas, apresentem-me um vídeo de 1 minuto que exija ver publicidade de 30 segundos antes, e é mais que certo que fecharei a janela e seguirei em frente - assim como qualquer site que de 30 em 30 segundos faça surgir um popup com um anúncio ou qualquer outra "sugestão". Nesse sentido, penso que o Google continuará a definir regras bem aceitáveis para estas futuras incursões da publicidade em novos meios, sob pena de afugentar o público de que tanto necessita e depende para poder vender os anúncios aos seus clientes.

No entanto... também já vimos que os tempos do "don't be evil" que em tempos serviam de fio condutor da empresa já passaram há muito. Pelo que... neste momento será melhor esperar para ver o que o futuro nos trará.

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