Esta época natalícia está a ser bastante produtiva, e também para todos os que sonha com a ida a Marte. Dois matemáticos dizem ter descoberto uma nova forma de chegar a Marte que facilitará imenso o processo de viajar até ao planeta vermelho.
Calcular trajectórias interplanetárias é algo que normalmente se encontra reservado aos "rocket scientists". Mas aparentemente há quem consiga olhar para o problema de outra forma, e chegar a soluções mais eficientes. Os matemáticos Francesco Topputo e Edward Belbruno estão a propor uma nova trajectória que não só é mais eficiente como dispensa a janela de lançamento a cada 26 meses que se tem actualmente.
A trajectória actual tem que ter em conta a posição da Terra e Marte, e faz o lançamento "atirando" a nave para o local onde Marte irá estar no momento da intersecção. Isso implica que a nave tenha que ser lançada em momentos muitos específicos, e também fazer uma "travagem" para entrar em órbita do planeta.
Estes matemáticos apostam numa abordagem diferente, e que tinha sido inicialmente pensada para colocar naves em órbita da Lua. Em vez de apontarem directamente para Marte, esta trajectória coloca a nave à frente da órbita Marciana, mas com uma velocidade ligeiramente inferior à do planeta. Assim, a própria gravidade do planeta se encarrega de desacelerar a nave e colocá-la em órbita.
Segundo os cálculos, isto permitirá poupar cerca de 25% do combustível - que assim poderá tornar a nave mais leve, ou transportar carga adicional - e também permite que sejam lançadas coisas para Marte a qualquer momento (algo que seria de importância fundamental caso fosse necessário enviar mantimentos para uma eventual missão humana a Marte.) O único "contra" é que esta trajectória é mais lenta, significando que em vez de 6 meses, a viagem possa demorar alguns meses mais - o que poderá não ser muito conveniente para as missões tripuladas... mas se torna irrelevante no caso de missões "robóticas" ou de envio carga.
A vantagem não é tão grande quanto isso, o que se trata aqui é de acertar as velocidades orbitais de ambos os corpos antes de estes se encontrarem, a manobra normal faz o mesmo, quando analisada, a manobra de retroburn nada mais é que colocar a orbita da nave igual a orbita do planeta..
ResponderEliminarno caso de Marte pode-se tentar algo bastante mais ariscado mas infinitamente mais eficiente, que é fazer aerorbraking, usar a atmosfera de Marte como travão para o deltaV relativo dos corpos, no caso de marte é muito divertido pois da para passagens bem baixas.
#o que faz jogar KSP