Plástico resistente aos riscos quer destronar Gorilla Glass dos ecrãs

Durante muitos anos, os ecrãs touchscreen dos Pocket PCs e PDAs eram feitos de plástico, ganhando a má reputação de se riscarem com facilidade e sendo praticamente obrigatório usar películas de protecção. Agora, preparam-se para um regresso em força, que poderá "estilhaçar" a concorrência do vidro.

Não é necessário relembrar todas as vantagens do plástico, que o tornaram num dos produtos "milagrosos" do século XX. Flexibilidade, resistência aos impactos, baixo custo, são algumas das vantagens que fazem com que não se tenha que ter cuidados especiais com as peças plásticas; infelizmente, tem também algumas desvantagens. O acrílico há muito que é usado como um "vidro barato", mas todos sabem que facilmente começa a ganhar riscos ao mínimo contacto com outros objectos. Algo que se poderá tornar numa coisa do passado segundo uma startup australiana, que diz ter encontrado forma de tornar o acrílico ultra-resistente.

A sua técnica consiste em usar nano-partículas durante a fase de produção do acrílico, dando-lhe uma resistência a riscos que poderá competir com a dos actuais vidros reforçados, e mantendo as vantagens desejadas do plástico, como a flexibilidade e fácil moldagem em todo o tipo de formatos. E isto a custo substancialmente inferior ao do vidro - facilmente se percebendo porque motivo não faltam interessados nesta tecnologia.

Tecnologia cujas aplicações não se limitarão aos dispositivos mobile, mas sim a todo o restante mercado que actualmente usa o acrílico - e a todos aqueles que neste momento só não o usam devido à sua facilidade em ser riscado. Podemos antever que o mesmo se torne atractivo para ser usado em ecrãs de grandes dimensões, substituir vidro nas janelas, para não falar no fim dos aquários de plástico riscados. Não se admirem portanto se daqui por algum tempo, em vez de vermos anunciado com pompa e circunstância de que um certo dispositivo usa Gorilla Glass, vermos o mesmo ser feito a favor ecrãs... de plástico!


... Por mim, desde que isto nos dê um maior descanso de que o ecrã dos nossos smartphones não se irá estilhaçar com uma queda mais azarada... já vale a pena!