Bodle está a criar os ecrãs do futuro que são visíveis à luz do Sol e não gastam energia

Os ecrãs usados actualmente são um dos maiores responsáveis pelo consumo dos dispositivos mobile, mas há uma startup que diz estar no caminho de revolucionar esta área com uma nota tecnologia que permite ecrãs perfeitamente legíveis à luz do Sol e que não necessitam de energia.

Se, ao contrário do que acontece com muitas "revoluções" que nunca saem do laboratório, estes ecrãs chegarem ao mercado, preparem-se para ver o nome Bodle tornar-se tão famoso como qualquer outra empresa de calibre mundial. Embora não sejam dados grandes detalhes técnicos sobre a sua tecnologia (afinal, o segredo é a alma do negócio) sabe-se apenas que se trata de utilizar um material phase change que pode filtrar a luz de forma a criar cores vibrantes e mantendo o seu estado sem necessidade de energia.

Actualmente, as opções mais comuns são as dos LCDs e AMOLEDs, ambos necessitando de energia de forma contínua para exibirem imagens, e ambos tendo grande dificuldade para serem visíveis no exterior à luz do Sol. Nos LCDs temos uma variante, que são os ecrãs transflectivos, que usam a luz ambiente para apresentar imagens; mas essa capacidade é conseguida à custa de cores mais "deslavadas". E para além disso, temos ainda os ecrãs e-Ink, mas com tempo de resposta relativamente lento e também uma reduzida gama de cores.

Se a Bodle Technologies conseguir realmente revolucionar o segmento, poderemos ter ecrãs capazes de gerar cores tão vivas quanto aquelas que vemos em animais e plantas, e que só necessitam de energia para alterar o conteúdo do ecrã - podendo depois exibir a imagem permanentemente sem necessitar de mais energia. Seria combinar o que de melhor há de todas as tecnologias, num só produto (excepto o facto de ser uma tecnologia que necessita de uma fonte de luz externa para funcionar... pelo que não seria substituto de um ecrã "luminoso" à noite.)

Mas, estas películas phase change têm aplicações que vão para lá dos ecrãs. Aplicadas a janelas, podem permitir que um utilizador seleccione se quer deixar passar ou não a radiação infra-vermelha, permitindo aquecer a casa de Inverno mas bloqueando isso no Verão, ou até servindo para variar a intensidade da luz que se quer deixar passar.

Muitas coisas boas... esperemos é que não demorem uma eternidade a serem aplicadas a produtos comerciais (e que cheguem ao mercado a preços que sejam acessíveis.)