1.4 mil milhões de smartphones 2015

As empresas de análises e estatísticas começam a revelar os seus dados sobre o ano de 2015, e segundo a Strategy Analytics venderam-se 1.4 mil milhões de smartphones. E o mais impressionante é que este número astronómico é "preocupante".

Será complicado para qualquer pessoa tentar imaginar o que são 1.4 mil milhões de smartphones. Para se tentar trazer isto para valores mais perceptíveis, bastará dizer que isto significa que estão a nível mundial estão a sair das fábricas mais de 44 smartphones por segundo, 24h por dia, 7 dias por semana, ao longo de todo o ano.

É um número de recorde e que se pensaria ser altamente positivo, mas os sinais de preocupação surgem quando se avalia a evolução deste número face aos anos anteriores, e aí revelando que o crescimento está ao nível mais baixo de sempre - significando que o mercado parece ter atingido o seu ponto de saturação, e onde já "todo o mundo" tem um smartphone.

É algo que obrigará as empresas a ajustarem-se, tanto pela procura de novos mercados (depois da China é a Índia que se tem tornado no mercado mais apetecível, com 1.2 mil milhões de habitantes) como na adaptação das suas tácticas. Daqui para a frente o problema não será tentar convencer alguém a comprar um smartphone, mas sim justificar porque motivo deverá trocar aquele que já tem por um novo modelo - e que o custo acrescido compensará aquilo que se irá ganhar (o que se vai tornando cada vez mais complicado de justificar.)

Parece-me que em resultado disto começaremos a ver cada vez mais propostas ao estilo do programa de "leasing" que a Apple estreou nos EUA o ano passado, em que os clientes pagarão uma mensalidade e terão direito a trocar pelo novo modelo que for sendo lançado a cada ano (já se fala que a Samsung irá disponibilizar algo idêntico para acompanhar o lançamento do seu novo Galaxy S7.) Ou seja, depois das "fidelizações" dos serviços de internet/TV, e dos operadores de telecomunicações, teremos que acrescentar a "fidelização" à marca de smartphones...