2016/08/08
Investigadores criam LIDAR microscópico sem peças móveis
Os LIDAR são um dos sensores mais cruciais para o desenvolvimento dos veículos autónomo, dando-lhes a capacidade de ver o mundo em seu redor em 3D de alta-resolução, e agora há investigadores que anunciam uma revolução para breve.
Tal como o radar permite detectar coisas à distância usando ondas de rádio, o LIDAR usa precisamente a mesma técnica mas usando luz. O resultado é uma imagem com muito mais resolução e qualidade do que a obtida pelo radar, mas em contrapartida, trata-se de um equipamento bastante dispendioso e que pode custar dezenas de milhares de euros (mesmo a uma versão compacta e económica custa algo como 8000 dólares).
São sensores complexos, e que à semelhança do que acontece com os radares que vemos no topo dos navios, necessitam de estar a girar continuamente para iluminarem e receberem informação do mundo à sua volta, o que aumenta o seu preço e também limita o seu desempenho - para obter mais informação é necessário girar mais rápido, com todas as complicações mecânicas daí derivadas. Mas... há quem prometa uma grande revolução para breve, com novos LIDAR integrados em chips e sem partes móveis.
A ideia é integrar a capacidade de direccionar os feixes de luz directamente num chip, assim evitando todas as partes móveis mecânicas; e com o benefício adicional de assim se poder melhorar o sistema à custa dos avanços feitos no fabrico dos chips, e que até ao momento têm permitido manter a lei de Moore (embora esteja prestes a chegar ao fim.)
Tais LIDAR em chip poderiam ter custos muito mais reduzidos (na ordem das dezenas de dólares em vez de dezenas de milhares), e embora por agora apenas consigam detectar coisas a uma distância de 2 metros, os seus criadores dizem que seria relativamente fácil aumentar esse alcance até aos 100 metros. Para além disso, a ausência de partes móveis significa que poderia fazer os seus varrimentos muito mais rapidamente, o que abriria novos campos de utilização, por exemplo, para drones de alta-velocidade.
Esperemos que esta tecnologia chegue ao mercado... que não vão faltar interessados em lhe dar uso!
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