2016/12/05
Netflix optimiza vídeos com VP9 e encoding por blocos
A Netflix disponibilizou recentemente o download de filmes e séries para serem vistos offline, mas para os que se interessam pelos detalhes mais técnicos, partilhou também como está a tirar o máximo partido dos codecs para reduzir o tamanho dos ficheiros e aumentar a qualidade.
Embora a Netflix esteja a usar H.264 para o streaming, para os downloads os utilizadores com dispositivos Android já estão a receber ficheiros que usam o codec VP9 - o codec open-source da Google que visa fazer frente ao novo H.265 e que, tal como este, promete manter a qualidade do H.264 usando metade dos dados, ou permitir qualidade muito superior.
Infelizmente a "guerra" que temos neste sector faz com que o suporte dos codecs seja algo bastante conturbado, e por isso não temos suporte oficial para o VP9 nos dispositivos iOS. Razão pela qual os downloads para iPhones e iPads continuam a utilizar o codec H.264, mas com o perfil AVC High em vez do AVC Main, que também permite poupar mais alguns dados preciosos.
Esta redução de tamanho também se deve em parte à forma como a Netflix faz a compressão dos filmes. Uma vez que estes codecs oferecem uma infinidade de parâmetros que se adaptam a cenas de diferentes estilos, há parâmetros mais adequados para filmes parados e para filmes de acção; mas isso está a ser levado ainda mais longe, pois muitos filmes têm cenas paradas e também com muita acção; e a Netflix está a partir cada filme em blocos de 1-3 minutos, e a aplicar os parâmetros mais ajustados para cada cena individualmente.
... Bem que podiam ter falado comigo, pois nos primeiros tempos do DivX, em que eu me divertia a converter os meus DVDs de forma a caberem só num CD (coisas da juventude), já eu fazia isto. O DivX tinha dois ajustes, para cenas com pouca acção e com muita acção; e eu fazia o encode do mesmo filme usando ambos, e depois seleccionava - manualmente - a sequência de um encode ou do outro consoante o grau de acção das cenas. Sinceramente, já naquela altura pensava que isso seria algo que podia ser automatizado com facilidade e que deveria estar integrado no próprio codec/encoder.... pelo que, penso que ter a Netflix a fazer o mesmo que eu fazia (obviamente não de forma manual) mostra que ainda há muito por fazer nesta área. ;P
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