2017/04/04
Câmara vaginal com WiFi pode ser hackada com facilidade
Se pensavam que o caso dos vibradores ligados à internet que recolhiam dados dos utilizadores era grave, esperem para ver um exemplo bastante pior... onde não falta uma câmara que permitiria a qualquer pessoa nas redondezas de verem aquilo que provavelmente não queriam ver exposto publicamente.
O Svakom Siime Eye é um dildo equipado com uma câmara, e que também tem WiFi para que possam fazer streaming em directo daquilo onde o estiverem a inserir. O problema é que este fantástico exemplo de mais um objecto da Internet of Things achou que a nível de segurança seria suficiente definir a password "88888888" para a sua rede WiFi, fazendo com que praticamente qualquer pessoa com um pouco de paciência poderia passear por uma cidade à noite à procura de uma rede WiFi chamada "Siime Eye" (algumas já foram apanhadas no site de wardriving Wigle.net) e ter acesso ao live stream da câmara.
Pior ainda, é que o sistema é também facilmente hackável, permitindo a um atacante obter acesso root e ganhar controlo completo sobre o sistema, incluindo a capacidade para se ligarem a ele remotamente através da internet.
Se é certo que quem compra um aparelho deste tipo pretenderá utilizá-lo para captar imagens, mas daí a estar a fazer uma emissão praticamente pública vai uma grande distância. A minha pergunta é, como é que em 2017, com tantos casos de roubos de dados e hacks, ainda temos empresas que se aventuram a fazer deste tipo de produtos sem terem a mínima preocupação com a falta de segurança e privacidade a que sujeitam os clientes?
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