O desejo dos anunciantes saberem o máximo possível sobre o público parece não ter limites, e parecem ser cada vez mais as apps que usam os smartphones para escutar e localizar os seus utilizadores.
Foram detectadas mais de 230 apps Android, que totalizam vários milhões de downloads, a utilizar os sistemas de identificação por ultra-sons. Este sistema recorre ao microfone do smartphone para escutar o que se passa, não para escutar aquilo que o utilizador poderá estar a dizer, mas sim para tentar determinar se o utilizador estará a ver/ouvir um determinado anúncio, ou se estará num determinado local com um beacon. Em ambos os casos a sinalização é feita via códigos sonoros ultra-sónicos, inaudíveis para os humanos, mas que os microfones dos smartphones podem detectar.
Com este método uma app pode saber que uma pessoa esteve em determinada loja, se esta tiver um desses beacons instalados, sem que a app precise pedir permissões para aceder à localização. No entanto, continuará a ter que pedir a permissão para aceder ao microfone... pelo que, nos casos dos smartphones com versões do Android mais recentes, os utilizadores já poderão impedir esse acesso sem recorrerem à medida mais radical de recusar a instalação da app por completo.
Por outro lado, há também que considerar que estas mesmas apps poderiam facilmente estar a escutar o que os utilizadores dizem... pois será indiferente ter o microfone activo para tentar apanhar os sons ultra-sónicos, ou para apanhar as conversas e demais sons do ambiente. Pelo que os fãs das "teorias da conspiração" (que poderão muito bem vir a comprovar-se ser realidade) não terão falta de justificação para as suas suspeições.
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O termo "teórico da conspiração" foi um termo inventado pelo poder estabelecido ocidental em 1967, para denegrir quem não acredita em assassinatos por "balas mágicas": http://truthstreammedia.com/2017/04/24/1967-cia-memo-still-used-discredit-conspiracy-theorists-today/
ResponderEliminarO que os ditos "teóricos da conspiração" fazem - neste e noutros casos - é simplesmente dizer que 1+1 é igual a 2. Enquanto que a maioria de população, que não acredita em (ou que não é capaz de atingir) nada que vá além de narrativas (mesmo) muito simples, prefere (ou é incapaz de deixar de) viver na ignorância.
P.S. - Se pesquisar sobre o tema, irá saber que a mesma coisa é feita através das câmaras dos smartphones, por via de alterações (imperceptíveis para o ser humano) na luz emitida por lâmpadas em certos sítios, que transmitem informação para spyware instalado nos smartphones.
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