2018/02/08
Google prepara consola de jogos via streaming?
A Google vai tentar ter sucesso onde outros tentaram (e falharam) apostando numa plataforma de jogos via streaming que, à partida, tornará irrelevante as constantes actualizações de hardware para ter acesso aos jogos com melhor qualidade gráfica.
Embora o Android se vá assumindo (lentamente) como plataforma de jogos, com jogos com cada vez melhor qualidade, a Google parece querer aumentar a pressão sobre as plataformas de jogos fixas, como a Xbox da MS, a PlayStation da Sony... e até os PCs. Ao que parece, depois de inicialmente ter considerado um serviço de streaming de jogos que trabalharia com o Chromecast, a nova aposta é criar mesmo uma consola dedicada, projecto que tem o nome de código Yeti.
Ao funcionar via streaming, a Google escapa à necessidade de criar uma consola hiper-potente ao estilo da PS4 Pro e XBox One X (que teria custo elevado) e tira partido do imenso poder de processamento que tem na cloud para fazer todo o processamento que for necessário. Do lado dos utilizadores, tudo o que é preciso é uma ligação à internet minimamente decente - basicamente, se têm uma ligação que permita ver YouTube ou Netflix em Full HD... não será preciso mais (claro que há a questão do lag, mas nesse aspecto a Google será das mais bem posicionadas para lidar com isso, contando com a sua mega-infraestrutura espalhada pelo mundo).
Se bem implementado, a Google poderá causar algum desequilíbrio no sector. Especialmente entre os consumidores que se vão cansando de ser "obrigados" a actualizar o computador ou consolas a cada 2 ou 3 anos para se manterem na linha da frente - e isto numa altura em que também as consolas se deixaram contagiar pela moda das actualizações ao estilo PC (até à chegada da Xbox One X e PS4 Pro, esperava-se que cada geração de consolas nascesse e se mantivesse inalterada ao longo de todo o seu tempo de vida, até à chegada de uma nova geração meia dúzia de anos mais tarde). Uma coisa é certa... assim passa a fazer muito mais sentido a recente contratação de Phil Harrison, que trabalhou 15 anos na PlayStation e 3 anos na Xbox. Vamos ver no que isto resulta...
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Esta é mais uma machadada para deixarmos de possuir algo realmente nosso...
ResponderEliminarCom isto quero dizer o seguinte: eu sempre fui contra qualquer tipo de subscrição de serviços, fugindo ao primeiro sinal. Nunca compro aplicações que depois obrigam a um pagamento anual, não subscrevo a serviços anuais na nuvem, etc...
(Claro está que existem serviços que não têm alternativas, ou são quase impossível fugir:Xbox Live, Internet, TV, Electricidade, etc...)
Mas, acho que infelizmente, o mundo tecnológico está a (des)evoluir nesse sentido: subscrição de serviços.
E na teoria por vezes até compensa! Vejamos o EA Access, que por menos de 25,00€/ano temos acesso a dezenas de grandes jogos (Battlefield 1, Titanfall 1 e 2, UFC, etc). E agora o Xbox Game Access, que cada vez mais, torna-se mais actrativo, e por 120,00€/ano temos acesso a mais de 100 jogos e exclusivos na data de lançamento (Sea of Thieves, State of Decay 2, Forza, etc). Feitas as contas, 120,00€ equivale à compra de dois jogos na data de lançamento!...
Nunca me considerei Velho do Restelo na tecnologia, mas ainda sou resistente a esta nova realidade de subscrição no mundo tecnológico (até mesmo à compra de jogos em formato digital... se gosto mesmo de um jogo, compro em formato físico, apesar de saber que vou pagar o dobro: por exemplo no Assassins Creed Origin), porque sei, que no dia que deixar de subscrever um serviço, vou deixar de possuir aquilo que achava meu. E por exemplo, se de um dia para o outro a plataforma de subscrição quizer deixar de ter disponível um jogo/serviço, não haverá nada que possamos fazer...
Imaginem o caso, de a Blizzard ter um serviço desses, e eu adorar jogar o Diablo 3. Se daqui a uns 10 anos ainda o quiser jogar (tal como jogo o Diablo 2), se calhar já não consigo: ou porque já não estou subscrever o serviço ou porque simplesmente deixou de estar disponível...
(à parte, atualmente e apesar de ter centenas de jogos no Steam, evito comprar nessa plataforma, se tiver alternativa no GoodOldGames, compro sem pensar :) )
Compreendo-te perfeitamente e isso também é preocupação minha. Infelizmente, mesmo quando se pensa estar a comprar algo que se espera que passe a "ser nosso", isso muitas vezes já não acontece.
EliminarCompras um jogo, é teu... mas arriscas-te a que daqui por 4 ou 5 anos os servidores de autenticação já nem existam, e vês-te forçado a ter que crackar o jogo que compraste legalmente, ou a descarregar uma cópia pirateada para o poder jogar.
E que dizer que, mesmo quando se quer vender o jogo, quem o comprar ter que depois pagar uma nova "activação"... enfim... um verdadeiro degredo!
Esta é mais uma forma de "prender" e "amarrar" os clientes a um serviço. Imagina por exemplo que daqui a uns dias o Steam passa a ser obrigatoriamente por subscrição (neste momento, quando "compras" um jogo por eles, já te avisam nas letras pequenas que não compraste realmente o jogo!... só o direito de o jogares), e o Origin, o UPlay, o Battle.net, também "apanham esse comboio"...? E gostas de jogar, como eu, vários jogos. Por exemplo: Call of Duty, Assassins Creed, Farcry e Diablo... imagina o que terás de pagar no fim do mês! E só estamos a falar de 4 jogos!!!
Eliminareu so uso Subscrições tipo origin quando quero jogar um jogo mas nao o quero comprar pois nao vou jogar constantemente como outros jogos.
ResponderEliminarSou cliente do Geforce now da Nvidia e estou muito satisfeito. Nao estou a ver a Google competir neste campo com a Nvidia.
ResponderEliminarInfelizmente, teremos um futuro danado para nós os pequenos (que alimentamos os grandes aos milhões...)
ResponderEliminarTambém não vejo grande sustentabilidade no futuro digital que se avizinha. :(