2018/04/30

Intel adia produção de CPUs em 10nm para 2019


A produção em volume de CPUs usando um processo de fabrico de 10nm está a revelar-se mais complicada do que a Intel esperava, que volta a ser adiada para o próximo ano.

Na produção dos chips, o ponto fundamental é fazê-los com os elementos o mais miniaturizados possível, para que possam caber mais elementos na menor área possível, e também permitindo que funcionem mais rapidamente e gastem menos energia. Desde a criação do primeiro circuito integrado que esta redução do tamanho tem sido feito a uma escala impressionante - e para isso bastará relembrar que em 1999 a Intel estava a produzir chips com processo de fabrico de 180nm(!) e agora estamos nos 10nm e a caminho dos 7nm.

O problema é que a Intel tinha previsto começar a produzir chips em 10nm em 2016, e essa meta tem sido continuamente falhada. Actualmente, alguns chips já vão sendo produzidos em 10nm, mas em quantidade bastante limitada e com uma taxa de erros que ainda não permitirá iniciar uma produção em volume como a que seria desejada. Fazendo com que a Intel passe a indicar 2019 como o ano para arrancar com a produção em volume neste processo de fabrico. Um processo bastante trabalhoso que pode obrigar a que o mesmo chip seja sujeito a 5 ou 6 exposições/gravações... aumentando consideravelmente a probabilidade de erros, bastando que uma delas corra mal para arruinar todo o trabalho feito.

É uma situação que deixa a Intel em desvantagem face a outras empresas que já estão a planear o arranque da produção de chips em processo de 7nm (se bem que, em alguns casos, a densidade dos componentes nesse processo de 7nm não é melhor que a de 10nm usada pela Intel)... e outras que até já tinham indicado o arranque da produção em 5nm para o próximo ano...

Vamos lá ver quantos destes planos se concretizam... e quanto irão apenas dar lugar a adiamentos como o que está a atormentar a Intel.

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