2018/04/03
Microsoft prepara-se para um futuro pós-Windows
As empresas têm que ter a capacidade de olhar para o futuro a longo prazo para se prepararem para o que está para vir, e no caso da Microsoft isso implica olhar para um mundo onde o Windows deixará de ter o peso que tem.
Satya Nadella não tem ilusões quanto às perspectivas que aguardam o Windows, tal como não o tinha face ao colapso inevitável que o Windows teve no sector mobile (mas que "deixou andar" até que tal se tornasse num facto indisputável reconhecido pelos próprios responsáveis, evitando conflitos internos.) Agora, volta a sinalizar o mesmo para o Windows "principal", deixando de ter uma divisão dedicada ao Windows enquanto sistema operativo - algo que há poucos anos seria inconcebível!
A equipa do Windows foi dividida, com parte dela migrando para a secção responsável pelo Azure, e a restante a ficar sob a alçada do Office 365. Isto não significa que deixaremos de ter Windows e as suas respectivas actualizações; mas demonstra claramente que a visão da Microsoft de Satya Nadella para o futuro não aposta no Windows como sendo o seu elemento principal - o que não deixa de fazer sentido, mesmo que não se concorde com ele...
Nos EUA o sucesso dos Chromebooks com Chrome OS reforçam a ideia de que, para a maioria dos casos, tudo o que basta hoje em dia é o acesso a um browser. E os computadores que ainda permanecem nas secretárias são aquelas máquinas a que já só se recorre para as coisas que não se puderem fazer num smartphone ou tablet. Para essas coisas, será cada vez menos relevante que sistema operativo se usa, desde que faça aquilo que é pretendido... e isto sem esquecer que serão coisas para um sub-grupo muito reduzido de toda a população: developers, pessoas que façam edição de vídeo (mais a sério que a que é possível fazer-se num tablet), e outros trabalhos específicos...
Vai ser interessante ver o que esta nova atitude representará ao longo da próxima década, à medida que uma geração que nasceu com tablets e smartphones nas mãos, começar a chegar ao mercado sem o preconceito de que "computadores = windows"... e em que, para centenas de milhões de pessoas em todo o mundo (que nunca teriam acesso a um computador tradicional) o conceito de computador passará a ser associado ao smartphone que os liga ao mundo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Mais uma vez Microsoft a apostar no cavalo errado...vamos a ver!
ResponderEliminar