2018/08/07

Coreia do Sul enfrenta vaga de câmaras escondidas para fins pornográficos


Se na maioria dos países a maior preocupação de quem visita uma casa de banho pública são as condições de higiene (ou falta dela) que apresenta, na Coreia do Sul torna-se indispensável fazer uma inspecção cuidadosa para garantir que não existe uma micro-câmara escondida a captar imagens.

Enquanto "ferramenta", a tecnologia disponibilizou-nos toda uma série de produtos de captação de imagem que podem ser usados para mil e uma situações. Infelizmente, na Coreia do Sul estas facilidades tecnológicas têm sido utilizadas para captar imagens de mulheres e homens, que depois alimentam os sites pornográficos dedicados a este estilo de gravações.

Não é segredo a apetência que as sociedades orientais têm por vídeos de câmaras escondidas que mostram mulheres nas casas de banho, cabines de prova de roupa, e também gravações "upskirt" em que são usadas todo o tipo de artimanhas - como câmaras em sacos, mochilas ou até sapatos - para conseguir captar imagens por baixo das saias das vítimas. O caso não é para brincadeiras, sendo que na Coreia do Sul há mais de 6000 queixas por ano(!) relativas a estas gravações ilegais, sendo que se estima que na prática existam muitas mais, por parte de pessoas que optam por não fazer queixa para não se exporem ainda mais.

Sem surpresas, a grande maioria das vítimas são mulheres (80%), e lamentavelmente há também aquelas que, em desespero numa sociedade que continua a penalizá-las, optam por se suicidar devido a este tipo de incidentes. Há por isso quem peça investigações mais eficazes para combater este flagelo público, acompanhadas por penas exemplares que demonstrem que estas actividades não serão toleradas. Senão, advertem alguns, este fenómeno poderá facilmente alastrar-se a outros países e tornar-se numa praga de proporções mundiais.

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