2018/09/11

Adolescentes usam smartphones cada vez mais e preferem mensagens a falar pessoalmente


Um inquérito realizado aos adolescentes norte-americanos revela o peso que os smartphones têm na sua vida, com impacto que afecta tudo o resto - e grande parte deles têm consciência disso.

Os resultados destes estudo são referentes a adolescentes (13-17 anos) norte-americanos, mas é seguro assumir que muitas destas coisas podem ser transpostas para este lado do Atlântico.

O uso dos smartphones tem aumentado ao longo dos últimos anos, sendo que agora a esmagadora maioria (89%) tem o seu próprio smartphone, e 81% deles usam redes sociais (70% de forma mais frequente, múltiplas vezes por dia). Sem grandes surpresas, confirma-se também que o Facebook já passou de moda entre os mais jovens, com apenas 15% a revelarem a sua preferência pelo FB, uma queda substancial face aos 68% que o faziam em 2012.
Também revelador do impacto que os smartphones estão a ter, pela primeira vez o método preferencial de comunicação passou a ser o envio de mensagens, que aumentou de 33% para 35%, ultrapassando o falar "cara a cara", que caiu dos 49% para os 32%.

Também sinal das distorções sociais causadas pelos smartphones, 54% está consciente que os smartphones os distraem quanto estão com outras pessoas, e 44% fica incomodada quando os seus amigos usam o smartphone quando estão em grupo - no entanto, 55% diz que nunca pousam o smartphone, mesmo quando estão com amigos.

Curioso é que muitos deles estão conscientes deste impacto, com 72% a dizerem que acreditam que as empresas tecnológicas manipulam os utilizadores para que passem mais tempo a utilizar os seus produtos; e 33% também gostaria que os seus pais passassem menos tempo com os smartphones - um factor que me parece bastante importante (que tipo de exemplo se dará, se se estiver a exigir que os jovens passem menos tempo no smartphone, mas depois os pais andam pela casa colados ao smartphone?)


É bom ver que tanto no iOS 12 como no Android P começaremos a ter ferramentas que facilitarão o controlo do tempo que passa nos smartphones e nas apps; mas a verdade é que não será necessário esperar por isso para implementar regras que combatam o uso excessivo (dependência?) dos smartphones - e uma das principais poderá começar pelos pais a darem o exemplo, de modo a que um terço dos adolescentes não sintam serem menos importantes ou interessantes que os smartphones que os seus pais tanto adoram. ;P

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