2018/12/17

Modo experimental do Chrome promete nunca ser lento


Uma opção experimental quer fazer com que o Chrome seja tão veloz quanto o era nos seus tempos iniciais, mas não é provável que venha a ser algo que fique activado de origem para o público.

No código fonte do Chromium, que serve de base ao Chrome, existe uma curiosa referência a uma opção "NeverSlowMode" que tem por objectivo fazer com que o Chrome nunca fique "lento". O Chrome começou a sua vida - e conquistou o mercado - por ser um browser bastante mais rápido e eficiente que o então líder Internet Explorer, mas ao longo dos anos tem vindo a perder qualidades.

Hoje em dia não é incomum que, mesmo estando a correr num computador moderno, por vezes se "engasgue" em coisas como o scroll de páginas, ou que até sofre de algumas pausas inexplicáveis ao se tentar fechar uma página quando temos uma dúzia delas abertas.


Este NoverSlowMode, criado por Alex Russel e activado através da flag "--enable-features=NeverSlowMode" tenta garantir que o Chrome nunca fique lento a responder às acções do utilizador, aplicando um conjunto de regras bastante restritivas, bloqueando o o carregamento de imagens grandes (mais de 1MB), estilos CSS com mais de 100KB, scripts com mais de 50KB, estilos de letra com mais de 100KB, e limitando o número máximo de ligações simultâneas de uma página a 10, e o processamento de tarefas a um máximo de 200ms, entre outras coisas.

O resultado é, sem dúvida, um Chrome que nunca fica lento, mas à custa de muitas páginas deixarem de funcionar ou serem apresentadas como seria suposto. Seja como for, demonstra que há por lá quem esteja consciente de que o Chrome já não tem a velocidade que deveria ter... esperemos que aos poucos vá conseguindo implementar formas de o tornar mais rápido, com efeitos secundários menos adversos.

2 comentários:

  1. Ou seja isto mostra que a culpa não é tanto assim do navegador, mas das paginas web que são desnecessariamente pesadas.

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    1. Um bom navegador deveria ser capaz de lidar com páginas pesadas sem que isso afectasse o uso normal pelo utilizador. Foi essa uma das grandes reformulações feitas na geração mais recente do Firefox, e que podia servir de exemplo ao Chrome.

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