2018/12/16

Porsche e BMW mostram carregamento a 450kW


Tal como nos smartphones temos visto os fabricantes a investirem no desenvolvimento de sistemas de carregamento cada vez mais rápidos, também na indústria automóvel se tem verificado uma evolução idêntica, que se torna ainda mais importante considerando a necessidade que se tem de reduzir os tempos de recarregamento dos automóveis eléctricos para que se equiparem ao tempo do reabastecimento com combustíveis fósseis.

O projecto FastCharge, que conta com o apoio de marcas como a Porsche, BMW e Siemens, demonstrou um carregador de 450kW na Alemanha que, embora ainda seja um protótipo, permite recarregar cerca de 100 km de autonomia em apenas 3 minutos, ou levar a bateria de um BMW i3 dos 10% aos 80% em 15 minutos. Para demonstrar o sistema foi utilizado um Porsche Taycan eléctrico - também protótipo, que atingiu valores de carga superiores a 400kW.

O maior problema é que, actualmente, não há carros no mercado capazes de tirar partido destas potências de carregamento. Modelos como o I-Pace da Jaguar apenas conseguem utilizar 100kW, e até o mais recente E-Tron da Audi se fica pelos 150kW. Apenas para o próximo ano deverão começar a chegar ao mercado modelos, como o Porsche Taycan eléctrico, que consigam chegar aos 400kW ou mais - e que irão fazer com que o problema passe para a rede de carregamento, que terá que se ir adaptando e adicionado postos com esta potência.


Algo que, por outro lado, irá também aumentar a pressão sobre a criação das redes de energia distribuídas e inteligentes, de modo a melhor fazer a gestão de onde e como se armazena e utiliza a energia. Por exemplo, estes postos poderão eventualmente contar com packs de baterias locais que permitam ir recebendo energia da rede a um ritmo mais reduzido (e também tirando partido dos horários com as tarifas mais reduzidas) para que depois possam recarregar os veículos à máxima potência durante o dia.

Seja como for, o ponto crítico irá ser sempre o mesmo: ter capacidade para a produção de baterias, quer seja nos carros, ou nas casas, ou nos postos... e deste modo se vê que a aposta da Tesla foi uma jogada estratégica que agora deixa todos os seus concorrentes em desvantagem.

10 comentários:

  1. 400 kW? Nem quero pensar quando as coisas começarem a dar para o torto nas estações de carga...

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    1. Vitor, já viste o tamanho do transformador (e talvez baterias) da Siemens para suportar 2 carregamentos rápidos? Muito bonito mas é tudo teoria.

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    2. É isso que me está a deixar de pé atrás...
      Isto começa a ser demasiada potência para se colocar junto de "normais seres humanos"...
      Ok, os postos de gasolina também são bastante inflamáveis, mas...
      Vejamos o que os próximos tempos nos trarão.

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  2. Isto é uma cortina de fumo da indústria alemã que ao não ter carros eléctricos competitivos, tentam ganhar alguns pontos.

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  3. Farto-me de rir com estas notícias para ganhar uns pontinhos na internet por parte das marcas alemãs. É tudo muito bonito, mas modelos eléctricos competitivos com a Tesla a ser produzido em escala suficiente: zero.

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    1. Sim, mas há que também nas as subestimar (ao estilo do que aconteceu com o Android vs iOS, e onde no início também o iOS levava grande vantagem... e agora é o que se vê.)

      Poderá demorar mais 3, 4, 5 ou até mais anos, mas os restantes fabricantes irão também transitar para os veículos eléctricos... e todos temos a ganhar com isso.

      Regressando à realidade actual, a Tesla continua a tirar partido de ter sido pioneira na área, e muito bem fará em tentar manter essa liderança durante o máximo de tempo possível.

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    2. Yep, isto tudo parece muito a novela dos telemóveis "espertos" iPhone vs. Android, eheh...

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  4. aqui fica uma pequena observação...o carregador que esta a caregar o porche, é efacec...um dos lideres mundiais , e parceiro da porche 😁

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