Entre as consequências das falhas como o Spectre e Meltdown, a ameaça da Apple passar a utilizar os seus próprios CPUs nos seus computadores, e uma AMD com CPUs mais fortes que nunca, a Intel revela a sua 10 geração de CPUs com nome de código Ice Lake, fabricados em processo de 10nm, com Thunderbolt 3 e WiFi 6 integrado.
Depois de ter sofrido uma derrota dupla no segmento mobile - primeiro ao não conseguir fazer frente aos chips ARM, mais recentemente ao levar o corte da Apple no fornecimento dos modems 5G (que levou ao cancelamento de todo o seu desenvolvimento) - a Intel tem que demonstrar a sua capacidade de conseguir manter os seus CPUs relevantes num mercado cada vez mais dinâmico. Depois de muitos adiamentos, a Intel avança finalmente com a sua primeira geração de CPUs fabricados em processo de 10nm (quando os seus concorrentes já vão nos 7nm e falando da redução para 3nm nos próximos anos).
Por agora a Intel optou por estrear estes novos Ice Lake nas gamas mais poupadas, com Core i3, i5 e i7 com TDPs até 28W (adequados para utilização em portáteis ou computadores compactos), e indo até chip quad-core (8 threads) com Turbo até 4.1GHz. A Intel diz que estes chips são 18% mais rápidos que os Skylake (o que parece muito... até descobrirmos que a comparação está a ser feita com os CPUs de há quase 5 anos atrás), e vêm com alguns aspectos interessantes.
O seu GPU integrado passa a suportar monitores de até 5K (ou 4K a 120Hz, e com suporte para Adaptive Sync), tem aceleração de encoding HEVC 2x mais rápido, assim como Thunderbolt 3 e WiFi 6 integrado - embora para isso seja necessário que os fabricantes de motherboards incluam os componentes extra necessários.
Há agora que esperar quais vão ser exactamente estes novos chips, e também pelo resto da família destinada aos desktops - e posteriormente, ver se o mercado ainda está disposto a apostar nos chips Intel... ou se desta vez vai optar por dar a sua confiança à AMD.
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