2019/07/30

UltraViolet encerra a 31 de Julho


A guerra do streaming, onde se está a passar pela fase "cada um por si" faz mais uma vítima: o serviço UltraViolet, promovido pelos maiores estúdios de Hollywood, vai encerrar a 31 de Julho, dando mais um rude golpe na confiança dos consumidores

A ideia do UltraViolet era ser a solução para os utilizadores que compram filme em versão numa "loja" poderem levá-lo consigo para outra plataforma, de forma a que não estivesse preso a um serviço específico; e também o de dar acesso digital a filmes que se tivesse comprado em formato físico.

Era algo que, por muito mal implementado que estivesse, sempre ia no sentido de dar aos consumidores alguns dos direitos que deveriam ter (e ser assegurados). Mas, sem grandes surpresas, é algo que também demonstra que esses direitos tanto podem ser dados, como removidos a qualquer momento... com o serviço UltraViolet a ser encerrado no final de Julho.

Os responsáveis dizem que as condições do mercado mudaram, e que hoje em dia já não faz sentido a existência do UltraViolet (esquecendo-se de referir que para isso terá contribuído a Disney ter criado e lançado o seu próprio serviço concorrente). Mas a verdadeira conclusão é que, uma vez mais, se continua a incentivar utilizadores legítimos a recorrer a serviços não-oficiais para poderem fazer aquilo que deveria ser um direito seu. Quanto a confiar em serviços dos estúdios; se este UltraViolet não durou sequer uma década, quanto tempo irá durar o próximo?

(Vai ser igualmente curioso ver, daqui por uma década, quantas plataformas de streaming continuarão a existir....)

[republicação - artigo publicado originalmente em Fevereiro]

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