Confirmando o que já se esperava, a resposta da Google à "taxa dos links" do Artigo 15 (antigo Artigo 11) da reforma dos direitos de autor, não foi aquela que os editores tanto desejavam: em vez de pagar qualquer taxa, a Google limitou-se a deixar de apresentar imagens e reduzir os excertos ao mínimo possível.
Não se compreende como os editores poderiam pensar que seria fácil extorquir mais alguns milhões da Google através da "taxa dos links", ainda mais quando no passado já tinham passado por exemplos idênticos, quando na Alemanha e França também tentaram impor o pagamento de taxas pelos links para notícias, fazendo com que rapidamente percebessem que os sites noticiosos precisam mais da Google do que a Google precisa deles, tanto na Alemanha, como posteriormente em Espanha.
Agora temos caso idêntico (que surpresa!) com a Google a mostrar novamente que não serão eles os prejudicados. Em França deixará de apresentar os excertos a que estamos habituados, com uma imagem e pequeno trecho da notícia, limitando-se a apresentar o link e um texto mais reduzido, que não viole a "taxa dos links". Deixa ainda a mensagem que, os editores que quiserem continuar a apresentar os resumos mais completos, tal como acontecia anteriormente, terão que dar o seu consentimento expresso, sem que haja pagamento de qualquer "taxa".
De certa forma até podemos dizer que a Google está a ser "boazinha", já que muito facilmente poderia ter subvertido completamente o propósito da taxa dos links, fazendo com que os editores que quisessem ter conteúdos com resumo - como antigamente - agora tivessem que pagar por isso. Mas pronto, acho que não será necessário chegar a tal ponto, e bastará aos editores começarem a ver as visitas vindas da Google a caírem a pique, para rapidamente tornarem a taxa do link em mais uma obtusa medida burocrática em que o "tiro saiu pela culatra."
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
De qualquer forma, o que a Google anda a fazer à própria web é muito perigoso...
ResponderEliminarNão olho para os jornais como os maus da fita, assim como não consigo aceitar que a Google possa ser considerada exemplo neste processo todo.
Sim as coisas têm de ser feitas com conta, peso e medida. O que se passa é que quando toca a dinheiro os cifrões levam a melhor. Mas isto ainda vai dar pano para mangas!
Eliminar