2019/10/08

Adobe desactiva contas de todos os utilizadores na Venezuela


Depois de passar os últimos anos a apregoar as vantagens de se utilizar o seu Creative Cloud, a Adobe relembra o lado negro de depender das "clouds", desactivando as contas de todos os utilizadores na Venezuela.

Quer tenham contas pagas ou gratuitas, os utilizadores que tiverem a sua conta Adobe com o país definido como Venezuela irão ficar com o seu acesso desactivado, por imposição de uma ordem executiva dos EUA.




Como se a medida não fosse já suficientemente má, faz também com que mesmo os clientes que tenham acabado de pagar pelo acesso ao serviço fiquem impossibilitados de pedir um reembolso.

Se do lado da Adobe, enquanto empresa norte-americana, não há muito que pudessem fazer (tendo que cumprir a lei dos EUA), esta medida acaba por funcionar como um alarme de despertar, relembrando os grandes riscos da dependência neste tipo de serviços. Ao menos nos programas "à moda antiga", depois de terem sido comprados sabíamos que continuariam a funcionar sem qualquer dependência externa.

Seja como for, a Adobe acaba de perder todo um país como cliente, assustará os clientes em todos os restantes países do mundo, e vai também fazer com que nestes próximos dias surja um súbito aumento da procura por alternativas gratuitas... e versões pirateadas dos seus Photoshop, Premiere, e demais programas.

12 comentários:

  1. A malta na Venezuela deve estar muito chateada com isso! Não têm comida, não há medicamentos, etc, mas ficar sem os serviços da Adobe é mesmo o cúmulo!

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    1. Se afectar aqueles que ainda iam trabalhando, e que sem poderem trabalhar deixam de ganhar dinheiro e se vão juntar aos outros que estão mal...

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    2. Na Venezuela estão mal a grande maioria, os que não estão não é pelos conhecimentos informáticos que possam ter mas por pertencerem à pandilha do Maduro! Esses não querem saber da Adobe para nada.

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    3. Terás que ir para o Twitter falar com os Venezuelanos que se estão a queixar, e dizer-lhes a prioridade dos seus problemas.

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    4. Eu não preciso ir ao Twitter até porque não tenho! Tenho contacto frequente com malta de lá...

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  2. E foi só a Adobe? E os restantes serviços?

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    1. Tem sido geral. Vi tweets de pessoas a queixarem-se que uma plataforma local de "trabalhos freelance" que tinha sido comprada pela Uber também cortou o acesso de forma idêntica.

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  3. É o cúmulo, sem dúvida é um alarme que nenhum de nós deve de menosprezar nem mitigar com desculpas esfarrapadas.

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  4. Não sei que desculpas esfarrapadas está a falar. Eu certamente não menosprezo o que por lá está a ocorrer. O que se passa na Venezuela é muito grave. Mas de certeza que muitos dos que aqui leram esta notícia não faz ideia do que por lá se está a passar. A maioria da população tem acesso restrito a alimentos e medicamentos mas o "stress" dos "nerds" é o Adobe e outras porcarias digitais! Há lá pessoas a morrer à fome! Usem a vossa influência digital, para informar e ser informado e não só de uma pequena percentagem do espectro do problema!

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    1. Peço desculpa, mas chego há conclusão que não percebeu a notícia, aqui a Venezuela é só o veículo, o problema é mesmo esta administração americana que já fez uma graça destas com a China com duas marcas e agora repete a graça uma vez mais em produtos que são usados globalmente, a questão que não se deve mitigar é mesmo essa, pelos vistos ninguém que use produtos made in USA está livre de ser barrado.

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    2. Eu percebi bem a notícia. Mas o mundo é assim: manda quem pode! Valem as possibilidades que semelhantes atos permitem. Os “Américas” não são donos do mundo. Por cada uma que o “penteados” faz há um leque de opções que se abre, claro está que neste caso quem se lixa é o mexilhão.

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