2020/01/02
Novas gerações serão atormentadas por uma internet que nunca esquece
Ao contrário do que acontecia no século passado, as novas gerações têm agora que enfrentar um futuro onde tudo o que fizeram poderá estar exposto publicamente para o resto da sua vida.
Alguém que tenha nascido na última década terá crescido num mundo onde smartphones, tablets, serviços de streaming, e muito mais, serão considerados perfeitamente banais e naturais. Também natural será a facilidade com que se partilham ou publicam fotos e vídeos... numa altura em que ainda não se terá consciência do impacto que isso poderá ter a longo prazo.
Já vimos como a internet sabe exactamente aquilo que fazemos em qualquer momento; mas mais preocupante é imaginar que aquelas fotos ou coisas ditas com a inocência dos 16 anos se possam tornar no "emblema" que acompanhará essa pessoa pelas décadas que se seguem - estando à distância de uma pesquisa por um futuro empregador.
É um verdadeiro cadastro digital ao qual será difícil escapar, e que no mínimo deverá ser acompanhado por um reforço na educação digital, sobre as melhores práticas para minimizar o impacto prejudicial desta nova realidade. Uma realidade que afectará tudo e todos - em França (e outros países) já se pode usar o que é publicado nas redes sociais para averiguar potenciais fugas ao fisco entre quem partilha fotos de produtos ou viagens que estejam acima das capacidades financeiras declaradas.
É em parte a concretização dos receios de um cenário "Big Brother", com a agravante inesperada de que a maioria das coisas não está a ser conseguida através de vigilância à socapa, mas sim exposta e publicada pelos próprios cidadãos.
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