2020/02/01

Apple pode ter que sair da Rússia devido a lei que exige pré-instalação de apps governamentais


A Rússia aprovou uma lei que exige a pré-instalação de apps em todos os smartphones, que poderá ter como efeito mais imediato a saída da Apple do território.

A Apple sempre usou a resposta diplomática de "seguir as leis de cada país onde opera", mas este ano poderá ser obrigada a definir a linha que poderá não estar disposta a ultrapassar. A Rússia vai exigir que todos os smartphones, incluindo iPhones, passem a vir com uma série de apps russas pré-instaladas, que basicamente servirão como um "backdoor" que dará ao governo acesso a todo o tipo de dados sobre os seus cidadãos, incluindo mensagens, emails e a sua localização.

A cedência da Apple, ou de qualquer outra empresa, a esta exigência seria um sinal claro de que não estarão dispostos a colocar a segurança e privacidade dos utilizadores em primeiro lugar. Mas o pior é que empresas como a Google e Apple já têm acatado outras exigências russas, como acontece com a apresentação da Crimeia como parte do território russo (também por exigência legislativa russa); o que levanta questões sobre onde é que irão definir "o limite".

É triste ver que, num planeta que por esta altura deveria estar mais unido do que nunca, juntando esforços para garantir que continuaremos a ter um planeta habitável para o futuro e que ofereça as melhores condições possíveis a todos, se continuem a ignorar os milénios de história e se continue a insistir nos mesmo erros (e outros ainda maiores). Gostaria de acreditar que a natureza humana será capaz de revelar as suas melhores facetas, em vez de repetidamente nos demonstrar os seus piores lados. A questão é: quantos mais anos / séculos/ milénios teremos que esperar por isso?

3 comentários:

  1. Faço essa pergunta a mim mesmo quase ininterruptamente, os sinais que vejo têm correspondido a um retrocesso e não a um progresso civilizacional, quero acreditar na humanidade, mas fica difícil a cada dia que passa, presumo que um passo em frente signifique uma reforma quase completa da forma como organizamos as nossas sociedades, só que cada vez acho mais que não temos políticos para propor e implementar essas reformas, mas ainda mais grave é chegar há conclusão que como cidadãos não estamos preparados para dar esse passo, o egoísmo e uma visão muito pequena do que é ou deveria de ser o nosso planeta acaba por condenar este planeta a guerras há fome e uma gestão caótica dos meus recursos, estava na hora de uma nova forma de administração deste planeta que todos os dias grita a plenos pulmões para que lhe seja concedida uma forma de gestão racional.

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    1. Carlos, na história sempre houve e irão haver países/governos que ciclicamente alternam entre democracia e estabilidade ou ditadores/instabilidade.

      A maioria dos países (pseudo)comunistas na realidade não são democracias, ao povo é dado o mínimo, meia dúzia são multi milionários e tentam por todos os meus convidar o povo (antigamente só militarmente, agora digitalmente porque é mais fácil detetar revoluções logo no início e eliminar a raiz...).

      Cabe ao povo decidir por si, no entanto se as empresas externas são obrigadas ao que não devem, então as empresas e comércio russos devem do mesmo modo ser sancionados. O "jogo" deve ser equitativo.

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  2. Este artigo não faz qualquer sentido, a Apple é a empresa que está a operar na China e a cumprir com tudo o que o governo Chinês quer... porque motivo não iria fazer o que o governo Russo quer que façam com os dispositivos vendidos na Rússia? É uma empresa que quer facturar, não é uma organização não governamental a lutar pela liberdade, privacidade e segurança.

    Se eles quisessem mesmo defender o correcto então não poderiam estar presentes em país nenhum ou quase nenhum porque todos estão já ou querem brevemente vigiar tudo e todos de forma explícita.

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