Depois de ter angustiado muitos utilizadores dos Chromebooks com a data de validade que os tornava desaconselháveis, a Google prepara-se finalmente para resolver esse problema do Chrome OS da forma como deveria ter feito logo desde o início: com actualizações separadas do Chrome.
Os Chromebooks e o Chrome OS podem ter inúmeras vantagens (que não vamos enumerar), mas todas elas se tornam irrelevantes quando se considera que todos eles vêm com um prazo de validade efectivo: alguns anos mais tarde, quando ultrapassarem o prazo do suporte, tornam-se máquinas pisa-papéis, com versões do Chrome que nunca mais verão uma actualização, potencialmente com falhas de segurança que impedem a sua utilização.
Isto em contraste com um portátil tradicional, que mesmo após ter perdido o suporte oficial do sistema (por exemplo, o Windows 7), pode levar um Windows 10, ou uma qualquer das muitas distros Linux, e continuar a ter acesso a um Chrome actualizado. Porque motivo não pode a Google fazer o mesmo com o Chrome OS - e a resposta é: está a trabalhar nisso.
A equipa do Chrome OS está a trabalhar no LaCrOS, que basicamente permitirá separar o Chrome OS do Chrome, e dessa forma permitir que o Chrome (browser) continue a ser actualizado mesmo que o Chrome OS (sistema) já tenha deixado de receber actualizações.
São boas notícias, mas que por agora ainda não têm qualquer indicação de quando se poderão tornar realidade e, o mais importante, se irão aplicar-se aos Chromebooks antigos, ou só começarão a fazer efeito para os Chromebooks a partir de agora. É que há muitas centenas de milhares de Chromebooks que nesta altura já passaram o tal prazo de validade e que estão com versões obsoletas do Chrome, apesar do seu hardware se manter completamente funcional e capaz de aguentar com as versões mais recentes. Seria uma excelente prenda e demonstração do seu compromisso de sustentabilidade permitir que todos eles pudessem receber um Chrome actualizado.
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