2020/06/26
Europa cria standard para reparabilidade de produtos
Na Europa tem-se lutado pelo "direito à reparabilidade" dos produtos, e agora há um standard que define o grau de dificuldade da respectiva reparação - ao estilo do que sites como o iFixit têm feito há anos.
Ninguém se preocupa muito com o facto dos produtos serem reparáveis ou não, até ao momento em que precisa de os reparar. Normalmente só nessa altura é que se passa a dar valor ao facto de um smartphone poder ter uma bateria que se pode trocar com facilidade (ou não), ou um ecrã, ou qualquer outra peça de qualquer outro equipamento eléctrico ou electrónico.
O direito à reparação é algo que, na Europa, nos tem garantido que se possa continuar a levar o nosso automóvel a outra oficina que não a da marca, ou que se possam utilizar peças de substituição da concorrência - algo que nos EUA tem sido alvo de imensos atropelos, com a marca de tractores John Deere a ter-se tornado num dos exemplos do que não queremos que aconteça por cá, impedindo que os donos possam fazer seja o que for nos seus veículos.
Mas, regressando aos pontos base - como a burocracia exige - primeiro havia que definir o que constitui a própria reparabilidade dos produtos, e é isso que passa a estar definido pelo novo standard europeu EN45554, que basicamente funciona como uma versão oficial do grau de reparabilidade que conhecemos do iFixit.
O standard define diferentes categorias de reparabilidade, dependendo de coisas como: se permite a substituição de peças sem necessidade de utilizar ferramentas ou usando ferramentas básicas (classe A); se permite a reparação usando ferramentas mais específicas (classe B); se a reparação só é possível usando ferramentas menos comuns mas disponíveis comercialmente (classe C) ou usando ferramentas proprietárias (classe D); ou ainda se a reparação não é possível usando qualquer tipo de ferramenta (classe E).
É de esperar que em breve os produtos electrónicos passem a contar com esta indicação nos seus rótulos, ao estilo das etiquetas de eficiência energética nos electrodomésticos, e com isso se possa começar a sensibilizar os consumidores para o valor de escolher produtos facilmente reparáveis.
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Que excelente notícia.
ResponderEliminarSeria inevitável e havia que começar algo que para todos os efeitos já deveria ter sido começado do século passado.
Excelente notícia para as empresas da área de pós venda.
ResponderEliminarPeça apenas por tardia
Spl
Espero que alguns smartphones voltem a ter baterias substituíveis pelo utilizador.
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