As relações entre a Cloudflare e a Google arriscam-se a azedar, com o lançamento do Cloudflare Web Analytics para fazer a análise das visitas aos sites sem invasão de privacidade.
Todos os sites gostam / precisam de ter uma ideia do número de pessoas que os visitam, sendo também simpático saber se são pessoas que visitam o site pela primeira vez ou se são visitantes habituais, se o fazem a partir de um smartphone ou de um computador tradicional, de que país são, etc. Dados que se tornam especialmente valiosos no caso de lojas online, para tentar maximizar as vendas, e que invariavelmente são recolhidos e analisados usando o Google Analytics.
Este serviço da Google passará despercebido à maioria dos utilizadores, mas está presente em praticamente todos os sites na web. E, consequentemente, significa também que a Google tem acesso a uma valiosa fonte de dados que lhes permite saber o estado global da web em tempo real. Algo que agora começará a ser posto em causa com o novo Cloudflare Web Analytics.
Este serviço, que se estreia para os clientes pagos da Cloudflare mas que será disponibilizado gratuitamente a todos nos próximos meses, promete fazer o mesmo que o Google Analytics faz, mas sem invadir a privacidade dos utilizadores - começando pelo facto de não depender de qualquer script a correr no computador dos visitantes (para os sites que usarem a Cloudflare). Toda a recolha de dados é feita apenas do lado do servidor, o que automaticamente também elimina as preocupações com o uso de ad-blockers ou bloqueio de scripts feitos nos browsers.
Para além do factor de atracção do "gratuito", temos também o grande peso do nome Cloudflare, que nos últimos anos se tem assumido como uma empresa que luta para uma internet mais justa e segura. Com oferta gratuita dos sites HTTPS, protecção contra ataques DDoS, e com os seus DNS 1.1.1.1e VPN Warp.
Quem não vai gostar nada é a Google, que irá começar a ver alguns sites a mudarem-se para este serviço, especialmente tendo em conta os processos que se prepara para enfrentar - não só na Europa como também nos EUA e na China - e que também poderão servir de incentivo para que muitas empresas optem por praticar um "distanciamento social" dos seus serviços.
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