2020/11/27

CE vai obrigar produtos a indicarem nível de dificuldade das reparações

A CE dá mais um passo em frente no sentido de garantir o direito à reparação, com um voto esmagador no Parlamento Europeu que vai obrigar todos os produtos a terem informação sobre o seu grau de dificuldade de reparação.

Na Europa temos tido muita mais sorte naquilo que é designado pelo "right to repair", e que nos EUA chega a extremos de fazer com que algumas pessoas nem sequer possam trocar um filtro num tractor ou num frigorífico sem enfrentarem uma série de dificuldades - ou até mesmo de isso chegar a ser considerado ilegal.

Com esta votação do Parlamento Europeu, a resolução do direito à reparação passa à fase seguinte, e que por agora consiste no desenvolvimento e implementação de uma nova etiqueta (obrigatória), que ao estilo das que indicam o nível de eficiência energética, indique claramente qual é o tempo de vida estimado do produto, e a sua classificação em termos de facilidade ou dificuldade de reparação.

Pode ser que, ao forçar esta informação a estar visível, algumas empresas se sintam pressionadas a tornar mais fáceis as operações de reparação mais comuns - como trocar de bateria.

5 comentários:

  1. Temos então mais uma etiqueta do tempo útil estimado. Sem reparações ou com reparações?
    Agora, quanto à facilidade de reparação - depende do que se avaria e da qualidade do reparador.
    Olhando para a imagem que ilustra o post parece-me o iPhone 6, o único dos que têm andado cá por casa que teve uma avaria. E foi fora de garantia, na antena do GPS (é um peça pequena com antenas de Wi-Fi, GPS e alguma mais). É uma avaria típica do iPhone 6.

    Reparador oficial - vai ser preciso substituir o miolo do iPhone, vai custar 350€, vai demorar duas a três semanas porque tem que ser enviado para outro sítio.
    Reparador não oficial, mas de qualidade - troca-se só a antena, são 35€, dê uma volta pelo centro comercial, daqui a hora e meia está pronto.

    Põe-se o quê ao certo em termos de facilidade de reparação?

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    1. Deve colocar se visão apple. Tanto é que o futuro da Apple parece ser que nem trocar a antena do GPS seja possível.

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    2. No reparador oficial Apple temos que ter em conta tudo o que a Apple permite ou não esse reparador fazer tal como material de reparação fornecido. Fazendo um bocado de advogado do diabo, a realidade é que a Apple não permite que seja trocada qualquer peça com excepção de câmara traseira, bateria e altifalante. Se a avaria for no auscultador, por exemplo, a Apple apenas fornece o módulo de display completo. Por outro lado, temos também que perante uma bateria inchada desse mesmo iPhone 6, a Apple cobra o serviço de substituição de bateria mas acaba a fazer a substituição do equipamento com tudo o que isso implica.

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    3. Olha, não sei se estás a trabalhar de borla... mas a notícia não é sobre essa empresa... É sobre o "right to repair".

      Sobre o facto de actualmente os productos serem desenhados de forma a não poderem ser reparados, "obrigando" a comprar novo em vez de reparar.

      Isto é uma grotesca forma de manter o mundo num consumismo desenfreado ... com consequências muito graves para o planeta.

      Quando compro um producto devo poder saber qual o tempo útil de via do mesmo... se tenho forma de prolongar esse mesmo tempo ... como o fazer ...
      ... enfim, poder fazer uma escolha informada.
      ...E já agora, se comprei o producto, ele devia ser meu... não comprei uma autorização de utilização...

      PS: E já agora, "a tua empresa" tem um historial no que diz respeito a permitir reparações....

      https://www.infopackets.com/news/10355/apple-disabled-iphones-due-3rd-party-repair#:~:text=Apple%20has%20been%20fined%20US,Australian%20Competitor%20and%20Consumer%20Commission.

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    4. Pagas as contas das reparações do teu bolso?
      É que se pagas, sabes que a questão não é o "direito à reparação" é a frequência das reparações e quanto custam.
      Dou como exemplo uma Míele de lavar louça, que a dada altura começo a precisar de ser reparada com frequência - vinha o técnico: 50€.
      Deixa-te de parvoíces com "a tua marca". De grandes electrodomésticos, da esquerda para a direita: AEG, Samsung, Siemens (frigorífico, o único sobrevivente do lote inicial). E duram e duram e duram, quando começa a fase das reparações frequentes é melhor comprar um novo. Nos smartphones compro Apple, e dura e dura e dura, sem avarias.
      Agora vêm com um rótulo: tempo de vida útil estimado - dois anos, os da garantia, para não ter chatices com os processos judiciais, facilidade de reparação - difícil. Isso adianta ou atrasa alguma coisa?

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