Para não esperar mais pelas baterias com densidade energética suficiente, a Airbus vai explorar a utilização de hidrogénio para criar aviões sem emissões poluentes.
Embora nos últimos anos se tenham feito avanços a nível das baterias de estado sólido que começam a colocá-las no patamar em que potencialmente se tornarão adequadas para utilização em aviões comerciais, a Airbus vai explorar outro caminho, a da utilização de hidrogénio.
A utilização de hidrogénio em aviões faz-nos imediatamente recordar o desastre do dirigível Hindenburg, e ainda hoje, passados todos estes anos, é acompanhado por uma série de desafios para que possa dar garantias de utilização em segurança. O volume necessário para o seu transporte faz com que a forma mais adequada seria a dos aviões-asa, mas numa primeira fase a Airbus deverá optar por testar o sistema num avião de formato convencional.
Há ainda toda a questão subjacente do processo de produção de hidrogénio, que actualmente está dependente de combustíveis fósseis, mas que a Airbus espera que possa ser feito usando energias renováveis e de forma "limpa" à medida que o mundo se vai convertendo para essas fontes de energia. A Airbus diz que o primeiro avião comercial a hidrogénio poderá entrar em operação em 2035, e começar a eliminar o impacto ambiental que a aviação tradicional tem.
2020/12/20
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Eu apostaria mais em combustiveis sintéticos do que em Hidrogénio pois já possivel cria-los e sao mais energeticos do que o hidrogénio.
ResponderEliminarQuanto ao uso de baterias em aviões, so faz sentido para substituir avioes com helice, pois que saiba não há alternativa ao motor de turbina usado nos outros.
A solução de célula de combustível a hidrogénio permite armazená-lo liquefeito e gerar corrente elétrica. Em às baterias, a principal vantagem é a densidade energética. É igualmente emissions free na utilização (a geração do hidrogénio também pode ser) e parece-me ter muito potencial para aviões e barcos, que me parecem ser os últimos veículos a eletrificarem-se pela via das baterias. A Toyota e outras companhias que chegaram mais tarde ao 100% elétricox, sempre gabaram estas tecnologias, já desde os anos 90. Nunca houve infraestrutura que permitisse abastecer estes carros, e em comparação com as baterias, as vantagens que oferecem talvez sejam poucas. No restante parece-me ótimo. O ponto mais chato é que até agora não há motor a jato sem emissões, todas as soluções verdes vão apenas à velocidade do turboprop, mas já é melhor que coisa nenhuma, e certamente mais barato.
ResponderEliminarJá há plano para conseguir produzir hidrogénio sem emissões?
EliminarNeste caso não será uma solução com célula de combustível (para geração de electricidade), mas sim de usar o hidrogénio como combustível ao estilo "combustão tradicional".
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarHá uns tempos li que o hidrogénio é em si também ele um combustível fóssil. Assim sendo, questiono-me que consequências terá mais esta a pegada humana na terra.
ResponderEliminarTem que estudar um pouco mais Nuno. O hidrogénio não é um combustível fóssil na medida em que não resulta da decomposição de matéria orgânica primitiva tal como o petróleo ou o gás natural.
EliminarO hidrogénio é um dos elementos básicos da natureza.
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarPor definição, sim, mas não pela acção humana. Sabe que grande parte do hidrogénio produzido industrialmente advém da queima de gás natural ?
EliminarQuanto aos desiquilibrios que a sua utilização em massa poderão desencadear não fazemos ideia, daí a "pegada" ...
De acordo num aspeto: A forma de obtenção do hidrogénio em quantidades suficiente para uso humano em larga escala pode ser muito mais poluente do que o uso de combustíveis fosseis, mas a verdade é que a combustão de hidrogénio em si é limpa: o resultado é água.
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