2021/03/21

Brasil multa Apple por iPhones sem carregadores e recusa de reparações

A entidade de protecção do consumidor de São Paulo multou a Apple por fornecer os iPhone 12 sem carregadores, assim como pela recusa de efectuar reparações ao abrigo da garantia.

A Apple pode ter justificado a decisão de não fornecer carregadores com os novos iPhones com motivos ambientais para reduzir o desperdício electrónico (mas não explicando onde quer que os seus clientes enfiem o cabo USB-C fornecido), mas isso não parece ter convencido as entidades brasileiras. A Procon-SP aplicou uma multa de 10 milhões de reais (cerca de 1.6 milhões de euros) à Apple, por esta estar a vender os iPhone 12 sem carregadores, entre outras coisas, como vender produtos com defeitos de origem, e de se recusar a fazer reparações dentro do prazo da garantia.

Um do pontos refere-se a fazerem publicidade que os iPhones são resistentes à água, mas depois recusando-se a efectuar reparações no caso de terem sido danificados por água; assim como se recusa a efectuar reparações em iPhones comprados noutros países. E quanto à ausência do carregador, para o qual tinham pedido explicações adicionais à Apple (que aparentemente não as deu), a entidade acusa a Apple de estar a forçar os clientes a comprarem um carregador adicional, já que nem sequer poderão usar o seu carregador antigo - o novo cabo vem com ficha USB-C, enquanto os carregadores antigos, e a maioria dos que existem no mercado, continuam a utilizar a tradicional ficha USB-A.

A Apple ainda pode recorrer desta decisão, pelo que o assunto ainda se poderá arrastar por mais alguns meses até que chegue a um desfecho definitivo. No "pior" caso, a Apple poderá ser forçada a incluir carregadores com os iPhone 12, e de um momento para o outro, as supostas vantagems ambientais passam a ser desvantagens, ao ter que gastar mais em embalagens duplas em vez de fornecer tudo numa só.

1 comentário:

  1. O Brasil está a ocupar-se com coisas demasiado transcendentes, que nem terão impacto significativo na vida da população em geral. Se se preocupassem em tirar o presidente assassino que têm no comando da nação, isso sim, seria um grande feito.

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