O popular benchmark AnTuTu anunciou a remoção por três meses do Realme GT das tabelas, por ter sido apanhado a fazer batota.
Os responsáveis do AnTuTu estranharam que o Realme GT estivesse a anunciar um resultado de 770 mil pontos, quando os modelos equipados com o mesmo Snapdragon 888 se costumam ficar por um valor de 710 mil pontos. Um valor de quase 10% que era bastante suspeito, e que fez com que comprassem um destes smartphones assim que ficou disponível. E efectivamente, confirmaram que o resultado era mesmo o anunciado, o que levou a uma investigação mais cuidada sobre o que estava a acontecer.
Foi descoberto que o Realme GT usava várias batotas para atingir aquele resultado. Em testes de multi-threading, redireccionava tarefas que eram destinada aos núcleos mais poupados para os núcleos de maior desempenho e, demonstrando de forma ainda mais exemplar o intuito malicioso de manipular os resultados, nos testes de descompressão de imagens JPEG, o smartphone nem sequer acabava a tarefa, limitando-se a fazer um cálculo rápido da imagem, com o resultado pixelizado e cheio de falhas que se pode ver na imagem acima (nesse teste as imagens finais não são apresentadas aos utilizadores, o que teria denunciado logo que algo de errado se passava).
No passado já vimos certas marcas a fazerem batota nos benchmarks, mas normalmente limitando-se a deixar que o seu CPU funcionasse em modo de "overclock". Uma prática censurável que visa deixar melhor posicionados os seus modelos nas tabelas de benchmarks, apesar de não ser um desempenho que possa ser acedido em utilização normal do equipamento. Mas no caso do Realme GT, a batota vai ainda mais longe. O AnTuTu deu três meses para que a Realme rectifique a situação e abandone estas tácticas enganadoras, caso queira voltar a ver o Realme GT nas tabelas.
Parece o caso Dieselgate...
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