A Aerion Supersonic, que há mais de uma década prometia um avião supersónico silencioso, encerrou sem cumprir a sua promessa.
A Aerion fazia parte do grupo de empresas que tem tentado recuperar os aviões supersónicos para acelerar os voos de longa distância, com novas tecnologias que prometem reduzir significativamente o estrondo sónico causado e que, até agora, tornava proibido este tipo tipo voos sobre o solo, relegando-os apenas para as ligações intercontinentais sobre os oceanos. O facto de contar com parcerias com a NASA e investimento da Boeing fazia pensar que fosse uma das empresas melhor posicionadas para o conseguir, mas infelizmente não foi o caso.
Apesar de dizer que já contava com encomendas asseguradas de mais de 11 mil milhões de dólares para o seu avião A2S, a Aerion diz ter sido incapaz de obter o financiamento necessário para avançar para a fase de produção, optando por encerrar. Um encerramento que não deixará de ser suspeito, e levantará questões sobre se a empresa não terá passado de um "esquema" para se aproveitar dos investidores e dos incentivos que foi obtendo ao longo dos anos.
Esperemos que as outras empresas que têm prometido aviões supersónicos "silenciosos" não tenham o mesmo desfecho, e possam voltar a permitir viagens que superem a icónica barreira do Mach 1.
Nota: O problema dos aviões supersónicos convencionais é o que o tradicional "estouro sónico" não é algo que acontece apenas ao ultrapassar a barreira do som, mas sim algo que o avião "vai arrastando" ao longo de todo o percurso - daí não ser permitido que seja feito sobre terra. Estes novos aviões "silenciosos" prometem ser capazes de viajar a velocidades supersónicas com nível de ruído equivalente ao de um avião tradicional quando estão em alta-altitude, o que possibilitaria voarem sobre terra.
2021/05/23
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