A China junta-se aos EUA na lista de países que fez pousar um rover em Marte (a URSS pousou um em 1971 mas só funcionou durante 20 segundos) com a sua missão Tianwen-1.
A missão Tianwen-1 foi bastante complexa, consistindo de um módulo orbital que esteve a recolher dados sobre o local de aterragem durante os últimos três meses, e que agora largou um módulo de transporte que fez chegar o rover ao solo marciano. Esta missão segue-se a uma tentativa anterior, a Yinghuo-1, há cerca de uma década, que infelizmente não teve oportunidade de mostrar o que valia, pois o foguete russo falhou durante o lançamento, causando a ingrata destruição de todas as aspirações da chegada a Marte. Mas, desde então as coisas mudaram bastante, com a China a ter colocado um pequeno rover na Lua e conseguir trazer amostras de regresso à Terra, e agora a chegar com sucesso a Marte.
O rover Zhurong de 240 kg pousou na Utopia Planitia, uma planície que permitirá explorar a quantidade de gelo existente no solo marciano, e que será de importância crítica para suportar futuras missões humanas - ou, eventualmente, futuras colónias (embora permaneçam muitas dúvidas quanto à viabilidade de tal opção).
Espera-se que o rover, alimentado exclusivamente por painéis solares, consiga manter-se operacional por pelo menos três meses. Uma vez que conta com um sistema que permite dobrar e desdobrar os painéis solares para os limpar, há a possibilidade de se manter operacional por muito mais tempo, tal como aconteceu com os rovers solares mais pequenos da NASA - Spirit e Opportunity. Os maiores, Perseverance e Curiosity, têm baterias nucleares capazes de os manter em funcionamento sem necessidade de painéis solares.
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