2021/07/29

Inmarsat Orchestra quer ser rede de satélites para acelerar 5G

Há um novo projecto que promete uma constelação de satélites para fazer frente à Starlink da SpaceX, o Orchestra da Inmarsat.

A Inmarsat, um dos veteranos dos satélites, não quer facilitar a vida à SpaceX e à sua constelação Starlink. Para isso, avança com a proposta de criação de uma constelação heterogénea de satélites, que combina os seus satélites já existentes com outros que ficarão em órbitas mais baixas (LEO - Low Earth Orbit), criando uma estrutura onde, à semelhança do que acontece numa orquestra com dezenas de diferentes instrumentos, tudo poderá funcionar em conjunto para um resultado final harmonioso.

Uma das aplicações apresentadas é a de utilizar esta constelação Orchestra como forma de levar conectividade 5G a células terrestres que, de outra forma, não teriam forma fácil de serem ligadas à rede; e, aproveitando para mandar a indirecta à SpaceX, dizem que não irão ter problemas de congestionamento - mas muito provavelmente isso será porque, ao contrário da Starlink que pode ser usada directamente por clientes particulares (também em Portugal) e terá centenas de milhares de utilizadores, esta constelação da Inmarsat será destinada a umas dezenas (centenas?) de clientes empresariais de grandes dimensões. Mas, pelo menos a nível das promessas, a Inmarsat não poupa em nada: diz que será a rede mais rápida, com menor latência, e com maior capacidade.

Independentemente de tudo, a ideia não deixa de ser interessante, mas por agora não passa apenas de pouco mais que uma intenção de projecto. A Inmarsat ainda terá que obter autorização para lançar cerca de 150 satélites, nem tão pouco faz ideia dos prazos que seriam necessários para que esta rede pudesse ficar funcional. Enquanto isso, a Starlink lá vai adicionando mais de uma centena de satélites a cada mês que passa.

1 comentário:

  1. É interessante ver esta e outras empresas ficarem para "trás", por não terem sido capazes de inovar à séria durante décadas (satélites de órbita baixa para baixa latência), foi preciso aparecer a Starlink para as empresas existentes começarem a sentir o perigo de ver os seus clientes partirem em debandada para a concorrência, e finalmente começarem a mexer-se no sentido de realmente melhorarem os serviços.

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