Carl Pei parece ter levado para a sua nova empresa Nothing algumas das técnicas de lançamento pouco habituais que usou quando estava à frente da OnePlus. Muitos ainda se recordarão do pouco amigável processo de só se poder comprar um OnePlus através de um convite de quem já tivesse um (chegamos mesmo a fazer um sistema para pedir / dar esses convites). Mas agora que abandonou a empresa e criou a Nothing, as coisas parecem ir para formatos ainda piores, como este que vai fazer com que os interessados paguem mais por um produto que ainda nem sequer tem provas dadas no mercado.
Os 100 primeiros pares de earphones Nothine Ear (1) irão ser vendidos através de leilão.
Sem dúvida que é uma boa maneira para tentar valorizar a Nothing enquanto marca (especialmente se já estiver pré-combinado que alguns funcionários ou amigos entrem no leilão só para inflacionar o preço e dizer que foi um sucesso), mas é um péssimo precedente, que parece querer colocar a "imagem" à frente daquilo que os seus produtos realmente valem. É certo que isso não é exclusivo da Nothing - e basta olhar para o louco mercado do calçado desportivo, em que séries limitadas de algumas marcas facilmente podem atingir valores exorbitantes. Talvez Carl Pei tenha sorte e também o consiga fazer para a sua marca; mas sinceramente, espero que não.
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