O Facebook está a processar um hacker por ter copiado informação referente a 178 milhões de utilizadores do Facebook, via "scraping".
Enquanto alguns serviços se gabam de terem 10 mil milhões de fotos tiradas da internet e associadas a perfis de utilizadores, há também alguns indivíduos que tiveram ideias idênticas. Alexander Solonchenko é um ucrâniano que o Facebook está a processar por alegadamente ter feito scraping de dados relativos a 178 milhões de utilizadores, em 2018 e 2019.
O "scraping" é a técnica que consiste em recolher os dados de páginas web visíveis publicamente. Por exemplo, uma loja pode recorrer a ferramentas de scraping para percorrer os sites de lojas concorrentes e verificar que preços estão a praticar; ou, neste caso, pode percorrer páginas das redes sociais para recolher informação publicamente exibida sobre os seus utilizadores. Mas Solonchenko terá ido mais longe, abusando da funcionalidade de importação de contactos no Messenger, para associar esta informação a números de telefone. O sistema simulava ter como contactos números de telefone falsificados, e depois esperava que o Facebook revelasse os dados sobre os respectivos utilizadores, quando acertava num número de telefone válido. A técnica rendeu-lhe informação sobre 178 milhões de utilizadores, que depois vendia em fóruns dedicados a actividades ilegais (spam, phishing, etc.)
Este não foi o único caso que tirou partido desta técnica. Também o caso dos dados expostos de 533 milhões de utilizadores usou exactamente a mesma táctica, e acabou por forçar o Facebook a desactivar a dita funcionalidade, para evitar ainda mais casos no futuro.
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