Troca de smartphone maioritariamente por avaria - e 3% lava-os com água

Um estudo revela que a maioria das pessoas só troca de smartphone quando a isso é obrigada, havendo muitas mais que se preocupam com a desinfecção dos mesmos do que com o 5G.

Um estudo do Grupo Bullit sobre os motivos que levam à compra de um novo smartphone e quais as coisas que mais valorizam, revela dados interessantes. Para as pessoas que trocaram de smartphone este ano, praticamente metade (48%) fizeram-no porque o seu telemóvel anterior estava danificado ou não funcionava correctamente. Trocar de smartphone apenas pelas características de modelos mais modernos é algo que justifica a troca para 26% das pessoas, enquanto 20% refere a robustez, qualidade da câmara, e preço. Também a autonomia é dos factores chaves, ficando à frente da preocupação com a versão do sistema ou tipo de chipset. O impacto do 5G é por agora bastante reduzido, preocupando apenas 9% dos inquiridos, e ainda menos (2%) se preocupa com a questão da sustentabilidade quando escolhe o seu novo smartphone.

Curiosamente - ou não, tendo em conta o período que vivemos - a questão da higienização preocupa 74% das pessoas. Mais de um terço preocupa-se em limpar regularmente o seu smartphone, usando toalhitas desinfectantes ou álcool; mas 12% não se inibem de recorrer ao gel antibacteriano usados nas mãos, aplicando-o também nos seus smartphones. Usar uma base de esterilização com luz UV é algo que por agora continua a ser feito apenas por uma minoria (2%), mas surpreendentemente, 3% das pessoas diz lavar o seu smartphone com água (ora aqui está uma boa forma de justificar a escolha de um modelo com resistência à água!)

Tendo em conta a quantidade de smartphones que vejo "no mundo real" com os ecrãs partidos, não posso dizer que estes resultados me surpreendem. Além do mais, a própria evolução fez com que os smartphones actualmente se mantenham perfeitamente válidos por mais anos, em contraste com o panorama que tínhamos há meia-dúzia de anos, em que de ano para ano se assistia a um salto de desempenho substancial. Isso, por si só, também acaba por ter peso fundamental na decisão de só trocar de smartphone "quando tiver que ser", pois de resto será natural achar que o modelo que comprou há dois ou três anos ainda seja bastante capaz e suficiente.