Caso Rittenhouse pede anulação por causa de compressão de vídeo

O caso Kyle Rittenhouse continua a dar que falar, com o advogado a insistir nas questões técnicas: agora quanto à compressão de um vídeo enviado por email.

Recentemente falamos do caso Kyle Rittenhouse, de um jovem acusado de ter disparado e morto um homem, por o seu advogado ter alegado que quando se faz zoom do vídeo num iPad a Apple utiliza "inteligência artificial" para criar coisas que não são reais. E agora temos nova coisa do género.

Desta vez o advogado de defesa pede a anulação do caso, devido a um dos vídeos, captado por um drone, ter sofrido compressão quando lhes foi enviado por email.

O vídeo original, usado pela acusação, tem 11.2 MB, enquanto que o vídeo que a defesa recebeu tem apenas 3.6 MB - devido à compressão que foi aplicada automaticamente ao ser enviado por email. Uma diferença que o advogado diz ser suficiente para penalizar a defesa e invalidar o caso. E isto porque originalmente o vídeo foi transferido entre equipamentos Apple usando AirDrop, com a qualidade total, mas depois foi transferido para uma das advogadas de defesa, com um Android, via email, com compressão.

Desconfio que o caso ainda vai terminar com o advogado a justificar que a compressão utilizada actualmente nos vídeos digitais utiliza imensas técnicas para reciclar blocos usados em frames anteriores para reduzir a quantidade de dados, e que por isso não estamos a ver a "realidade", mas sim uma compilação de blocos de pixeis que um codec achou serem suficientemente idênticos ao que deveríamos ver. E claro, depois também poderá por em causa a própria realidade, já que também estamos apenas a ver uma interpretação do mundo feita pelos nossos cérebros.