A longevidade da tecnologia e do seu suporte ganha uma nova dimensão quando se trata de dispositivos médicos que transformam a vida das pessoas: como os olhos electrónicos.
Invisuais que receberam implantes da Second Sight acreditavam estar a viver no futuro, com estes sistemas a permitirem-lhes ver o mundo - e com promessa de que a sua qualidade visual iria melhorar com actualizações feitas ao longo dos anos. Infelizmente, o futuro com que actualmente se deparam é aquele que atormenta - em grau bastante inferior - aqueles que têm smartphones que vão deixando de ter actualizações. A Second Sight está em risco de falência, e deixa em risco todos os pacientes que receberam os seus implantes.
Além de não receberem as prometidas actualizações que supostamente deveriam melhorar a forma como vêem o mundo, fica posta em causa a sua substituição ou reparação em caso de avaria ou necessidade de manutenção.
Numa altura em que muito se vai falando da Neuralink de Elon Musk e dos seus implantes cerebrais, importará que também se fale desta questão que muitas vezes fica esquecida. É que quando se fala de implantes no nosso corpo, a questão de ter que lidar com hardware obsoleto ou de empresas que deixaram de existir, adquire uma importância bastante mais crítica.
Se é frustrante ter que atirar um smartphone funcional para uma gaveta por deixar de ter actualizações de segurança, imaginem só o que será viver perante o risco de deixar de ver a qualquer altura, porque a empresa que vos deu essa possiblidade já não existir para tratar dos problemas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
É o admirável mundo novo...
ResponderEliminarBom, mas só até certo ponto.
A tecnologia só servirá a humanidade desde que alguém lucre com isso.
ResponderEliminarComo disse (e muito bem) o Ricardo, este admirável mundo novo só será bom enquanto alguém sentir o fluxo de dinheirinho a correr...
É o verdadeiro deus da humanidade: o Pilim.