2022/03/08

HMD abandona segmento topo-de-gama

Os fãs dos Nokia da HMD terão que procurar outras marcas se desejarem um topo de gama.

A HMD tem feito um excelente trabalho a manter a marca Nokia presente no mercado dos smartphones, mas quer evitar ficar numa situação como a que ditou a saída da HTC e LG deste mercado. Em vez disso anunciou que irá abandonar o segmento dos topo de gama, dizendo que não faz sentido estar a lançar um smartphone de €800 ou mais nesta altura.

Embora marcas como a Apple e Samsung estejam a ter sucesso no segmento de topo, com modelos que facilmente custam mais de 1200 euros, isso não deixa muito espaço para que outras marcas concorram nesse segmento, e mesmo no segmento dos 600-900 euros não faltam marcas a debater-se ferozmente pelos euros dos consumidores. Mas, para a HMD, o objectivo é focar-se nos segmentos de gama média e gama económica, que lhe têm dado o maior lucro.

É bom ver uma marca a definir a sua posição e assumir claramente que não tem que estar presente em todos os segmentos. Tal como seria bom ver marcas como a Xiaomi e Samsung (e outras) admitirem que têm excesso de modelos no mercado - que algumas vezes parecem só existir para baralhar os interessados com uma overdose de oferta de modelos cujas características se misturam. E com menos modelos no mercado, até seria um bónus para poderem lançar actualizações durante um período mais alargado e disponibilizando-as em tempo útil.

1 comentário:

  1. Eu sou usuário de Motorola Moto G desde as primeiras versões. Eram no máximo 4 variações a cada ano. O padrão o Play, o Plus e o Power. Ficava claro que o Moto G6 era substituto do Moto G5 e seria substituído pelo Moto G7. Era clara também as características de cada variação. O Play era voltado para multimídia, o Power tinha uma bateria mais potente, o Plus tinham melhorias gerais comparando com o padrão.
    Hoje eu estou com um celular defasado porque não consigo escolher dentre as inúmeras versões de Moto G. Não há nem mesmo uma lógica nas numerações. E olha que estou falando somente da linha Moto G. Há várias outras linhas como o Moto E e outros. Excesso de modelos não é bom nem para o fabricante nem para o consumidor.

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