Vivemos numa era em que se assiste a grandes avanços na área da inteligência artificial, e alguns dos sistemas já começam a exibir algumas semelhanças com os processos de funcionamento dos cérebros biológicos.
O termo "inteligência artificial" é bastante vasto e abrangente, e engloba coisas uma variedade de sistemas e métodos. Dito isto, todos estarão conscientes de que a maioria dos sistemas de "AI" actuais acabam por ser ilusões, já que não é preciso muito para desmascará-los e perceber que a sua aparente inteligência não chega sequer aos calcanhares de uma criança: como aqueles sistemas de reconhecimento de imagens, em que basta alterar alguns píxeis para que um automóvel seja visto como sendo uma banana, ou qualquer outra coisa. Mas, isso não invalida os muitos avanços que têm sido feitos.
Um aspecto fascinante chega-nos dos sistemas de AI com auto-aprendizagem. Muitos sistemas são criados a partir de imensas bases de dados de dados catalogados, onde existem milhões de exemplos de imagens, sons, textos, etc. acompanhados de legendas correspondentes - que foram preenchidas por humanos - que depois permitem que o sistema identifique coisas semelhantes. Mas, no caso dos sistemas com auto-aprendizagem, o processo dispensa esses dados catalogados, deixando que o sistema aprenda unicamente por si mesmo, através de milhões e milhões de tentativas e erros. E, o mais curioso, é que nesse processo de auto-desenvolvimento, estas AI têm exibido mecanismos com semelhanças aos dos cérebros biológicos.
Claro que, por impressionante e curioso que seja, estamos ainda muito distantes de se chegar a um ponto em que uma AI se torne auto-consciente. Mas, na busca de melhorias nas Inteligências Artificiais, é interessante que também se possa ficar a entender um pouco melhor como funciona a inteligência não-artificial.
2022/08/16
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