Não será surpresa que do país que inspirou o "Big Brother" nos chegue mais um passo nessa direcção. Depois de todas as câmaras nos espaços públicos, o Reino Unido vai exigir que criminosos estrangeiros tenham que andar com um smartwatch de monitorização, que irá fazer pedidos de reconhecimento facial de forma aleatória ao longo do dia, além de outras formas de verificação, e também incluindo o tracking da sua localização.
Acaba por ser uma forma mais invasiva da pulseira electrónica que já faz a monitorização da pessoa em causa, e que está a gerar alguma polémica entra os defensores da privacidade.
Mesmo tendo em conta que se tratam de criminosos, poderá perguntar-se se realmente será legítimo que seja pedido "verifique a sua identidade" com uma foto enquanto estiver a meio de um duche, ou sentado numa sanita, ou até a meio de um "ato íntimo".
Além do mais, parece-me que acaba por ser um desperdício completamente redundante. A maioria das pessoas faz, de forma voluntária, o mesmo tipo de reconhecimento facial, centenas de vezes por dia, de cada vez que pega no seu smartphone. Seria bastante mais simples exigir que o dito "criminoso" tivesse que andar com o smartphone ao longo do dia, e estar preparado para fazer um "check-in" em tempo útil em resposta a um pedido de verificação. Mas, seguramente haverá alguém que agradecerá as dezenas ou centenas de milhões de investimento nos smartwatches de segurança para os criminosos.
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)