O Tribunal de Justiça da União Europeia deliberou sobre um caso que visava esclarecer o que são "dados sensíveis", sujeitos a maiores restrições na forma como são utilizados, e o resultados passam a não deixar margens para dúvidas. Até dados como os nome dos parceiros ou informação de localização são dados sensíveis, podendo permitir inferir coisas como a orientação sexual e, como tal, deixam de poder ser utilizados para coisas como a publicidade direccionada.
Esta é uma área onde vários estados membros tem feito interpretações diferenciadas, e que esta decisão deverá passar a uniformizar.
The advertising industry and trade are even mentioned directly in the CJEU judgment, so here the matter is clear. Are there any willing to change? Well, there are, there is now a good chance for some privacy-preserving ad targeting systems.
— Lukasz Olejnik (@lukOlejnik) August 2, 2022
A "má notícia" será para as empresas e plataformas que faziam uma interpretação menos restritiva, e que utilizavam estes dados pessoais para efeitos da criação de perfis individualizados para posterior apresentação de publicidade específica.
Aliás, vale a pena perguntar se, com todas estas limitações e restrições, faz sequer sentido continuar a permitir publicidade direccionada. A Apple diz que depois de ter dado aos utilizadores a opção de recusarem o tracking da publicidade, não registou qualquer alteração significativa a nível dos cliques na publicidade entre os utilizadores com tracking e sem tracking.
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